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Manifestação pode ser o último ato público da greve que já passou de 60 dias (Foto: Portal Infonet) |
Os professores da rede Municipal de Ensino realizaram mais um ato de protesto contra a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) nesta quarta-feira, 17, no calçadão da Rua João Pessoa, Centro da capital. De acordo com o secretário do Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), José Ailton Castro, embora a manifestação já estivesse prevista antes de a greve ser considerada ilegal pela Justiça, ela também serviu para protestar contra esta decisão.
Castro revela que a categoria recebeu a notícia da decisão judicial publicada na terça-feira, 16, com estranheza. Ele refutou a alegação de que a greve é ilegal e disse que o sindicato cumpriu tudo o que estabelece a Lei de Greve. “Nossa luta é justa, mas a justiça se posicionou contrária à greve. É uma decisão, então só nos cabe cumprir”, disse o secretário do Sindipema. Ele avisa que nesta quinta-feira, 18, às 9h, a categoria se reúne em assembleia para discutir o retorno às aulas.
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José Ailton diz que reivindicação da categoria é justa |
“Nós não estávamos reivindicando nada além do cumprimento da lei. O governo municipal usou a mídia para colocar a população contra, mas nós também recebemos o apoio de muitos pais”, acrescentou o dirigente sindical.
A greve dos professores municipais foi considerada ilegal depois de mais de dois meses. Na decisão, o desembargador Roberto Eugênio da Fonseca Porto alegou, em liminar concedida à PMA, que os professores descumpriram a lei de greve (lei 7783/89 art. 11) por não deixar um percentual mínimo de trabalhadores em um serviço considerado essencial e por entender que o reajuste aplicado está dentro da legalidade.
Foi estipulada uma multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
Por Diógenes de Souza