“Esse programa é do tempo da ditadura militar, não faz o aluno pensar é um ensino mecânico. Além do mais os livros têm erros primários e os professores estão se recusando a adotar”, salienta Roberto que completa. “Aqueles professores que estão resistindo a adotar os livros estão sofrendo assédio moral, sendo ameaçados de perda do emprego e até remoção do setor. Inclusive os professores estão recebendo um aviso de que são obrigados a usar os livros porque tem uma portaria feita pelo secretario”, diz. A diretora do departamento de educação, responsável pelo gerenciamento de diversos programas pedagógicos da Secretaria de Estado da Educação (SEED), entre eles, o Programa Alfa e Beto, Maria Izabel Ladeira Silva, diz que em outubro de 2007 a secretaria fez uma pesquisa entre os professores alfabetizadores para conhecer a opinião a respeito do programa. De acordo com essa pesquisa, 87,2% dos professores aprovaram o uso do método fônico e 71,6% declararam que o desempenho dos alunos melhorou após a implantação do programa. “Portanto, quem esta praticando assédio moral contra o programa e contra os professores é o próprio sindicato que faz uma campanha de difamação e, freqüentemente, faz reuniões para pressionar os educadores a abandonarem o programa. Recursos O representante do Sintese garante que todos os relatos dos professores serão encaminhados para os ministérios Público e Federal apurem os fatos. “Além dessa questão do assédio dos professores vamos também questionar a compra desses novos livros, porque a secretaria afirma que foram utilizados recursos federais do Ministério da Educação, mas esse tipo de recurso só é autorizado para compra de livros regionais e esse material é produzido em São Paulo e não tem nada a ver com a nossa cultura”, enfatiza Roberto Silva. “O programa Alfa e Beto é um dos poucos programas que contam com a provação do MEC o qual, libera recursos para sua implantação. Este ano, o Estado do Rio de Janeiro aderiu ao programa e esta, também, utilizando recursos do FNDE/MEC. No nosso caso, em 2008 foram liberados pelo Ministério R$ 1.500.000,00. Isso prova que é um programa de ensino bem estruturado e bem fundamentado. Se duvidam, perguntem ao Ministério. Será que o Sintese vai querer acusar o MEC/FNDE de assédio moral?”, pergunta Maria Izabel Ladeira. Erros Sobre possíveis erros nos novos livros a diretora é enfática. “Se existem tais erros, solicitamos que apontem onde estão. Mostrem os erros. Digam em qual livro e em qual página. Nós queremos saber. Afirmar que existe erro (ou portaria) é muito fácil. Porém, se tais coisas existem, por favor, provem”, destaca Maria Izabel. Portaria Ao responder sobre uma suposta portaria que obriga os professores a adotar o programa, a diretora do departamento de educação afirma que o Sintese demonstra, mais uma vez, má fé, e completa ignorância da questão, e que não tem escrúpulos para inventar mentiras. “Se eles afirmam que existe essa portaria, então mostrem. As portarias que são emitidas pela Seed, são enviadas às escolas e podem ser consultadas por qualquer pessoa, não há segredo algum. Não tem sentido elaborar uma portaria e mantê-la sob segredo. Se assim fosse, como é que poderia ser posta em vigor? As portarias que regulamentam o funcionamento do sistema de ensino são legítimas e citam o programa por quer o programa existe, esta em vigor, e por isso, não pode nem deve ser ignorado”, menciona Maria Izabel, ressaltando que existem 42 turmas na rede estadual que não adotam o programa por não se enquadrarem nos critérios mínimos de inclusão no programa. “Por outro lado, o professor que não quer trabalhar com o programa pode ser remanejado, a pedido, inserido em outras turmas do Fundamental. Isso acontece em qualquer modalidade ou situação. Quero que alguém me mostre um dispositivo legal que obrigue o professor a ficar eternamente nesta ou naquela turma. Só uma mente febril, tomada de fanatismo, pode afirmar que este dispositivo legal existe”, finaliza a diretora do departamento de educação da Seed, Maria Izabel Ladeira Silva. Por Kátia Susanna
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Sergipe (Sintese) afirma que entrará com ação junto aos Ministérios Estadual e Federal para apurar denúncias sobre a implantação do programa Alfa e Beto. O diretor de comissão Sintese, Roberto Silva dos Santos, garante que durante reunião do sindicato no último final de semana, vários professores relataram que estariam sofrendo assédio por parte da Secretaria de Estado da Educação (Seed) para aderir aos livros e a nova didática. A Seed afirma que as denúncias não procedem
Pesquisa Roberto Silva garante que professores estão sofrendo assédio moral
Felizmente, a maioria não concorda com essa atitude. O programa é uma política pública de alfabetização que funciona há 6 anos com bons resultados”, completa Maria Izabel que salienta que não consta na legislação brasileira que preceitos e métodos estabelecidos como políticas públicas possam ser confundidos com assédio moral. Sintese garante que levará as denúncias ao MP Foto: Arquivo Portal Infonet
Sobre essa questão a coordenadora da Seed ressalta que foram utilizados recursos da fonte 25, ou seja, recursos de convênio com o MEC/FNDE, Plano de Ações Articuladas (PAR) com a devida aprovação do Ministério, bem como recursos da fonte 00, ou seja, do Tesouro estadual. A diretora do departamento de educação Maria Izabel Ladeira Foto: Ascom Seed
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