Professores em greve fazem panfletagem na Barra

Professores realizam panfletagem na Barra dos Coqueiros (Fotos: Portal Infonet)

Os professores efetivos da Prefeitura da Barra dos Coqueiros realizaram uma panfletagem no centro da cidade em protesto à falta de pagamento referente ao retroativo do piso salarial do magistério. Eles estão em greve desde o dia 25 de abril e não informam previsão de retorno ao trabalho.

Os grevistas distribuíram panfletos à comunidade, tentando explicar os motivos da greve e criticaram o prefeito Airton Martins. “Já tivemos duas audiências e em nada avançamos na nossa pauta de reivindicações, há seis anos estamos com este retroativo pendente e o prefeito não negocia”, disse o professor Ideltino Barreto, delegado sindical da Barra dos Coqueiros junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese).

O sindicalista explica que a data base da categoria é o mês de janeiro, mas a prefeitura só reajusta o piso do magistério entre os meses de maio e junho. “Há seis anos que vem acontecendo assim. E isto gera passivo trabalhista, que já existe uma ação judicial em curso”, explicou. Segundo Barreto, a adesão à greve está estimada em 90% e que as aulas estão mantidas através de contratos firmados entre o poder público municipal e professores não concursados. “Um contrato que é uma interrogação”, observa.

Manifestante expliica motivos da greve Ideltino Barreto: críticas ao prefeito

A assessoria de imprensa informou que o prefeito Airton Martins não fechou os canais de negociações e que se reunirá novamente com os professores na próxima quarta-feira, 18. O não atendimento às reivindicações, conforme a assessoria, é consequência da queda de receita relativa ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e do próprio Fundeb.

A assessoria se contrapõe à informação do dirigente do Sintese e garante que a greve tem apenas 30% de adesão, que as aulas estão sendo mantidas pelos 70% dos professores que não aderiram ao movimento e com alguns contratos firmados com professores não concursados e que estes contratos obedecem à lei.

Por Cássia Santana