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Presidente do Sintese, Ângela Nunes durante o debate (Fotos: Portal Infonet) |
Professores da rede estadual de ensino se reuniram por toda a tarde desta quarta-feira, 1º de junho, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. Na pauta, a categoria em greve discutiu a proposta do Governo do Estado em coplocar em prática o 'Índice Guia', que se trata do monitoramento de processos e avaliação pedagógica contínua para a organização da escola como ambiente de aprendizagem. Só que os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), somente aceitam discutir a proposta, após seja concluído o processo do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, contra a pessoa que elaborou o Índice, o Sr. José Batista Mares Guia.
“Nós não concordamos com alguns pontos do Índice Guia, mas não temos como aceitar que a proposta tenha sido colocada por um rapaz, José Batista Mares Guia que está sendo processado pelo Ministério Público de Minas Gerais, acusado de desvio de verbas do Fundeb, da criação de empresas fantasmas e envolvimento no escândalo do mensalão. Só concordamos com a avaliação do Índice Guia e topamos discutir com o Governo, quando José Batista for avaliado pelo Ministério Público de Minas”, reitera o diretor de Base do Sintese, Roberto Silva.
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Roberto Silva: "Vai criminalizar o professor" |
Sobre a aplicação do Índice Guia, Roberto Silva disse que “O Estado visa não mais assegurar qualquer tipo de responsabilidade com a escola. Os diretores e professores é quem devem assumir tudo, até mesmo gastando do próprio bolso, assumem um pacto de coisas que devem ser cumpridas, ou seja, devem se virar nos 30 e assumir qualquer irregularidade, devendo ser avaliados e os que forem mal avaliados, serão expulsos e expostos publicamente para a comunidade estudantil. É uma forma de criminalizar o professor expondo-o publicamente para justificar a demissão”, lamenta Roberto Silva.
Aplicação
De acordo com cópias distribuídas pelo Sintese, no final de cada bimestre, a direção, os coordenadores pedagógicos e os professores reúnem-se para avaliar o desempenho dos docentes, dos gestores e da escola. Para isso, utilizam o índice Guia, composto de um Índice de Qualidade da gestão da Sala de Aula (IQSA), destinado a avaliação contínua do desempenho dos professores e de Índice de Qualidade da Gestão da Escola (IQGE), que tem por finalidade a avaliação contínua, bimestral, do desempenho da equipe gestora da escola (diretor, vice e coordenador pedagógico).
Para cada indicador, haverá uma nota parcial, somam-se as quatro notas para uma final que vai de zero a 30 pontos. Em seguida divide a nota pelo máximo de pontos possíveis e obtém um resultado situado na escala decimal de zero a 1,0. Quanto mais próximo de 1,0 melhor. Exemplo: Se a nota é 21,0, isso equivale na escala decimal a 0,7.
Os professores incumbem-se de apresentar aos seus alunos os resultados bimestrais sob a forma de gráficos de barram comparáveis e, em cada classe, de definirem metas de progresso da classe para o próximo bimestre com a participação dos alunos.
Por fim, a direção da escola faz publicar no mural de informações, um quadro contendo os resultados da aplicação do Índice Guia, para o geral conhecimento da comunidade escolar.
Seed
Procurada pela reportagem do Portal Infonet, a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Educação, informou que “o Governo do Estado contratou uma Consultoria com a finalidade de realizar um trabalho de orientação e acompanhamento de resultados, a exemplo do Ideb 2009, traçando metas de crescimento. Os técnicos da Secretaria, os professores e diretores estão sendo orientados no sentido de melhorar o nosso Índice de Desenvolvimento da Educação Básica”.
Por Aldaci de Souza
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