Professores mantêm greve e cobram diálogo com a PMA

Maioria dos professores municipais decide pela continuidade da greve (Foto: Sindipema)

Os professores do município de Aracaju decidiram manter a greve, que já dura três semanas, durante assembleia realizada nesta pela reivindicação do pagamento do piso nacional do magistério, que não vêm sendo cumpridos pela Prefeitura.

O presidente do Sindicato dos Profissionais da Educação do Município de Aracaju (Sindipema), Adelmo Meneses, descartou ceder. “Não existe possibilidade de suspensão. A secretária de educação não deu contraproposta, o movimento continua, agora solicitando dos poderes legislativo e judiciário o acompanhamento dessa questão. O sindicalista se refere às visitas à Câmara de Vereadores, na semana passada, e ao Tribunal de Contas do Estado, na última quarta-feira, 20.

O reajuste salarial deveria ter sido pago em janeiro, obedecendo a lei federal 11.738/08, que prevê atualização anual dos vencimentos dos professores. O reajuste deste ano é de 7,64%, menor que os dos dois anos anteriores, de 11,36% de 2016 e 13,01% de 2015.

Presidente do Sindipema, Adelmo Meneses, cobra proposta da Prefeitura de Aracaju (Foto: Portal Infonet)

A categoria fez uma contraproposta à gestão municipal, pedindo que fosse aplicado o reajuste a partir de setembro, e que os valores referentes aos meses anteriores poderiam ser negociados de forma retroativa em outro momento.  No entanto, a Prefeitura de Aracaju pediu um prazo de 18 meses para discutir essa reivindicação.

Com o impasse entre a administração e os professores, mais de 30 mil alunos da rede municipal ficam sem aula. Adelmo Meneses garante, ainda, que a categoria irá cumprir a meta de 200 dias letivos. “Iremos rediscutir um novo calendário, mas apenas quando acabar a greve. Aguardamos pronunciamento do executivo”.

A Prefeitura de Aracaju manteve o posicionamento, e afirmou que não há disponibilidade de recursos para pagar o reajuste. “Apresentamos um estudo de impacto financeiro ao Sindipema, de forma detalhada e com toda a transparência. A gestão não tem como conceder o benefício, tendo em vista que teria que pagar não somente os servidores ativos, mas também os inativos, o que colocaria em xeque o pagamento de salários e continuidade dos serviços básicos restabelecidos para o funcionamento da rede da Educação de Aracaju. Todos os outros itens da pauta de reivindicação já foram encaminhados. Ressaltamos que recebemos a categoria desde o começo e permanecemos com o diálogo aberto”.

Por Victor Siqueira

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