Professores: mestres para além das salas de aula

Professor Rômulo brinca com seus alunos na véspera do dia dos professores (Fotos: Ícaro Novaes/Portal Infonet)

Nas salas de aulas eles são praticamente pais. Educam, brincam, ouvem, aconselham, dão broncas, e o mais importante: amam! E é justamente esse último elemento – o amor – que não os deixam desistir da profissão. Neste dia 15 de outubro, quando se comemora o dia dos professores, paira sobre a cabeça de cada um destes profissionais os motivos que o levaram a escolher a profissão. E quase que unissonante, apesar de todas as intempéries que a docência os traz, os professores não se arrependem do caminho por onde trilham.

“Não tenho dúvidas que foi a escolha certa”, afirma contundente Isa Carolina, que iniciou na profissão há sete anos. Ao lado dos seus alunos do ensino fundamental, a professora declarou amor ao seu ofício. “Quando você entra em sala de aula, você esquece todos os problemas. Inicia uma relação direta com os alunos e mundo lá fora fica em segundo plano. Isso não tem preço”, disse. O prazer de ser chamado de ‘tia’ por aqueles alunos mais novos é outro fator que a enche de orgulho. “É como se fizéssemos parte da família deles. Eles têm afinidade, confiança, desabafam com a gente. Ou seja, o papel do professor vai além da aula em si”, destacou.

Realização: professora Isa Carolina não se arrepende de ter escolhido a profissão

E os laços criados nas salas de aula entre professor e alunos, muitas vezes são como os elos matrimoniais. E desse assunto o professor Fabiano Oliveira entende muito bem. No colégio em que dá aula, por exemplo, uma ‘sala decorada’ é o espaço referência das atividades extraclasse dos alunos. É lá em que eles conversam, tocam violão, e até produzem atividades circenses e teatrais. “A nova pedagogia pede que você vá além. Hoje quando você opta pela profissão do professor, você sabe que é preciso essa relação de proximidade com o aluno para que até mesmo os resultados sejam melhores”, argumentou Fabiano.

O trinfo profissional, segundo Fabiano, vai além das suas conquista pessoais. “Quando você é um professor que vai além do que pede seu papel, melhor que ouvir, é você ver o aluno alcançando seus objetivos. E aí, quando ele se realiza, você também se realiza, porque isso é fruto do trabalho”, explica.

No entanto, exercer a responsável função de educar as novas gerações da sociedade requer também vocação para todo profissional da pedagogia. Para o professor Rômulo Prado, este dia 15 de outubro é de reflexão sobre os novos rumos da profissão. “Estamos passando por um processo de mudanças. Os jovens procuram cada vez menos a licenciatura, e é por isso que precisamos de capacitação melhor, remuneração melhor, infraestrutura melhor no ensino público para que o interesse pela profissão de professor seja contínuo. Acho que esses seriam grandes presentes que os professores poderiam receber como incentivo ao seu trabalho”, elencou o professor.

Didático e inovador, professor Fabiano diz que afinidade com os alunos rende melhores resultados

E nessa perspectiva de reconhecimento, os professores seguem firmes com seus desafios diários de mestres da educação. A profissão milenar, do alto da sua nobreza, se satisfaz no mais simples riso do aluno. Em um dos trechos do poema ‘Professor, eterno sonhador’, de Suelen Rodriguez, a mais verdadeira síntese da profissão em cheque: “no sorriso de um aluno, a grandeza de seu serviço”.

Por Ícaro Novaes e Aisla Vasconcelos

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