Professores realizam marcha em defesa do piso nacional

Professores se mobilizam na Praça da bandeira (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Os professores da rede pública entram no segundo dia de greve e realizam na tarde desta quinta-feira, 15, uma grande marcha, saindo da Praça da Bandeira com destino ao Palácio de Despachos, na avenida Adélia Franco, num protesto em defesa da revogação da lei 213/2011, aprovada em dezembro do ano passado pela Assembleia Legislativa limitando os efeitos do reajuste do piso nacional do magistério aos professores de nível médio.

Cerca de 5 mil professores procedente de todos os municípios sergipanos, inclusive da capital, se concentraram na Praça da Bandeira, no início desta tarde, para prosseguir em passeata pela avenida Hermes Fontes, até alcançar o Palácio dos Despachos, onde acontece um grande ato público.

A marcha dos professores em Aracaju conta com a participação do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Leão, que está sendo aguardado pela categoria. A vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), Lúcia Barroso, revela que a greve nacional atinge todos os Estados brasileiros em defesa do piso nacional do magistério para todos os professores brasileiros, reajuste de 22,22% que atinja a todos os níveis e pela duplicação das verbas nacionais para a educação pública.

Pernas de Pau animam caminhada

A vice-presidente explica que atualmente a educação brasileira é contemplada com 5% do PIB (Produto Interno Bruto), mas a categoria em todo o país defende a ampliação para o patamar de 10%. O professor Roberto Silva Santos, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT), diz que há um consenso entre a bancada do Governo Federal no Congresso Nacional para ampliação das verbas, mas limitada ao patamar de 8% do PIB, um percentual que ele classifica como pequeno para garantir uma política educacional com qualidade para o país. “Está faltando vontade e compromisso político com a educação”, conceitua o representante da CUT.

A greve nacional será encerrada nesta sexta-feira, 16. Em Sergipe, os professores encerrarão a mobilização com manifestações concentradas nos municípios.

Por Cássia Santana