Professores suspendem a greve e retornam às aulas

Decisão atende uma liminar que determinou a suspensão da greve (Foto: Ilustrativa/ Sintese Itaporanga)

Os professores do município de Itaporanga D’Ajuda decidiram em assembleia ocorrida nesta quarta-feira, 1ª, pela suspensão da greve iniciada dia 24 de maio. Com isso, o retorno as aulas irá acontecer na próxima quinta-feira, 2.

A decisão de suspender a greve, atende a uma liminar da juíza de direito Ana Lúcia Freire de A. dos Anjos que determinou a suspensão do movimento grevista, sob pena de multa diária de R$ 3 mil em caso de descumprimento. A ação foi movida pela Prefeitura do município.

De acordo com o diretor de base municipal do Sintese, Wilson de Menezes Hora, as mobilizações continuam. “Suspendemos a greve e já fomos notificados pela justiça hoje pela manhã, mas hoje a tarde vamos fazer uma panfletagem pelas ruas da cidade e ainda teremos atos para sábado", afirma.

Na próxima segunda-feira, 6, os professores retomam a assembleia por volta das 11h30, para definir os novos atos.

Reivindicações

A categoria reivindica a revisão do piso salarial, o pagamento das férias, bem como melhorias na rede de ensino. Um outro ponto levantado por Wilson de Menezes é a falta de alimentação escolar. “Temos alunos chorando na escola com fome e antes mesmo da greve, os alunos estavam saindo mais cedo, umas 10h porque não tinha alimentação. Quando tinha o suco, não tinha açúcar, quando tinha o frango, não tinha os condimentos”, lamenta.

Município

A equipe do Portal Infonet entrou em contato com a secretária de finanças do município, Erinalda Santana Farias. Segundo ela, houve um processo de transição da empresa responsável pela alimentação nas escolas, mas garantiu que a merenda já está normalizada.

Sobre o piso salarial, a secretária informou que a previsão do crescimento do recurso do FNDE é de 0,48% e que em função do decréscimo da receita, o município propôs oferecer 2% no mês de junho até dezembro para que ao final do ano, se chegue ao valor do reajuste do piso, no entanto, a proposta não foi aceita pela categoria.

Quanto às férias, a secretária informa que o município está observando como irá se comportar o cenário econômico para ver o que pode ser feito.

Por Aisla Vasconcelos