Projeto Alma Africana leva cultura afro ao John Kannedy

Evento acontece até dia 29 (Foto: Eugênio Barreto)

De 25 a 29 de janeiro, o Colégio Estadual John Kennedy promove atividades voltadas para a luta contra a discriminação racial, a intolerância religiosa e em favor da diversidade cultural.

A programação iniciou-se nesta segunda-feira, 25, com uma exposição de banneres em homenagem aos orixás, apresentações musicais, além de recital de poesias e homenagens a personalidades negras.

As atividades fazem parte do projeto Alma Africana e se articulam com as determinações legais expressas pelas leis 10.639/2003 e 5.497/2008 e 11.645/2008.

“Começamos as pesquisas no dia 11 de janeiro, com a divisão de tarefas e apresentação de bibliografia para os alunos. Geramos um tema que foi ‘Negritude’, uma questão de retificação histórica e justiça social, que propagou subtemas. Cada grupo de alunos ficou responsável por uma atividade”, explicou o pedagogo Evanilson Tavares de França, idealizador do projeto.

Diversidade africana

No pátio da unidade escolar foram dispostos em colunas os banneres explicando cada orixá. Em um dos estandes, máscaras foram confeccionadas para identificar as tribos africanas. Numa tenda montada também na área externa foram lembradas as religiões de matrizes africanas através de exposições de fotos e gravuras de cultos e danças.

Personalidades do movimento negro de Sergipe, a exemplo de Severo D’Acelino, João Mulungu, do poeta Cruz e Souza e Solano Trindade, foram lembrados também em banneres.

Até o final do evento haverá uma vasta programação de apresentações culturais, palestras e intercâmbio cultural. No dia 30 de janeiro um grupo de alunos finalizará as atividades com uma visita à cidade de Palmares (AL).

“São trabalhos realizados pelos alunos com orientação de um professor-padrinho, além dos resultados de uma visita técnica feita às comunidades quilombolas”, afirmou Lícia Santana, diretora da escola.

Pesquisas e aprendizado

Confeccionando bonecos em homenagem aos orixás, Larissa Vitor da Silva,  aluna do 8º ano A, ressaltou a importância das pesquisas para a compreensão das religiões de matriz africana. “Aprendi que cada orixá tem um perfil, um dia de culto, uma cor. Por exemplo, Oxossi é verde e azul”, disse.

Dayse Andrade, aluna da 1º ano A, pesquisou o candomblé e a umbanda. Para ela, o que chamou atenção foi compreender que a umbanda tem um pouco de todas as outras religiões. “Tem um pouco do catolicismo, do espírita. Abrange tudo”, destacou.

Já Roberto Alves Teles, aluno do 2º A,  ficou responsável pela pesquisa e confecção de máscaras africanas. Ele lembrou que uma das tribos, a Ogum, que viveu no Egito, sofreu perseguição religiosa, e hoje alguns de seus descendentes vivem na região do Mali. “As máscaras diferenciam-se de acordo com as tribos”, afirmou.

Fonte: SEED

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