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O primeiro encontro aconteceu na tarde desta terça-feira, 21 (Foto: Juarez Silva) |
A Secretaria de Estado da Educação (Seed), através da Divisão de Educação Especial (Dieesp), realizou na manhã desta terça-feira, 21, na Biblioteca Pública Epifânio Dórea, o primeiro encontro do Projeto Ciranda Braillendo. O encontro reúne professores e alunos com deficiência visual que possuam conhecimento da leitura e da escrita do Código Braille, a fim de fortalecer o aprendizado na leitura e na escrita do código. O projeto é uma parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult), através da Biblioteca Pública Epifânio Dória/ Núcleo Braille e o Comitê Sergipano (Proler).
Nesta primeira fase do projeto participam 12 pessoas que se reunirão toda última terça-feira de cada mês para relatarem experiências e aprimorarem o conhecimento do Código Braille. Esta primeira etapa tem o encerramento previsto para abril de 2015. Posteriormente, serão abertas inscrições para os demais interessados.
Segundo Luciene do Santos, técnica da Dieesp e uma das coordenadoras do projeto, a ideia surgiu da necessidade de continuar e aprimorar o estudo do Sistema Braille. "Além disso, o intuito é propiciar uma maior participação nas atividades propostas pelo Setor Braille da Biblioteca Pública voltado para pessoas com deficiências visuais e profissionais envolvidos na área", informou.
Para a diretora da Biblioteca Pública Epifânio Dórea, Mirian Elorza, a missão da biblioteca é favorecer o conhecimento à informação e cultura de forma democrática, e o projeto dá um passo muito importante para promover a disseminação da inclusão e do conhecimento para todas as pessoas. "Estamos terminado uma catalogação do nosso acervo para deficientes, que chega a quase 700 obras. Este fato é desconhecido por muitas pessoas. Esperamos com este projeto difundir esta informação e estimular mais leitores", relatou.
Leitores
O principal objetivo dos setores envolvidos é estimular a formação de leitores, no caso dos deficientes visuais. O projeto veio para sensibilizar mais esse público e incluir aqueles que ainda não estão próximos do Sistema Braille e do hábito da leitura.
No caso de Ângela Cristina Sales, estudante do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Cícero Bezerra, localizado no município de Nossa Senhora da Glória, a deficiência visual não impediu o gosto pela leitura. "Conheci o Sistema Braille em 1999. De lá pra cá, ajudou muito a ter acesso às obras que tinha interesse em conhecer, principalmente, literatura brasileira e poemas. Nesse tempo já pude conhecer 120 obras", comentou.
A professora Carmem Joelita dos Anjos Santos Souza, também do Colégio Cícero Bezerra, leciona na sala de recursos para crianças e adolescentes especiais. Para ela, a oportunidade de aprimorar o conhecimento no Sistema Braille vai ajudar mais ainda os seus alunos. "É um investimento que estou fazendo, me capacitando para poder oferecer melhor meu serviço", disse.
Com informações da ASN