Motivado pela admiração que possui pela vida e obra de Luiz Gonzaga, o professor de matemática José Augusto Almeida, desenvolveu um projeto de alfabetização que utiliza as letras do Rei do Baião para aproximar os alunos da realidade e do contexto social em que vivem. Utilizando a interdisciplinaridade como principal eixo, o trabalho aproxima os estudantes das suas origens, trabalhando a cultura nordestina em sala de aula. Professor José Augusto:”importante é inserir o aluno no seu contexto”
O projeto “Luiz Gonzaga para alfabetização de jovens e adultos” já é aplicado há três anos em 10 turmas da cidade de Riachão dos Dantas. Segundo o seu criador, a iniciativa tem ajudado muito e aumentado o interesse dos alunos pelo aprendizado. “Quando você aproxima as pessoas do local onde ela vive, tornando tudo mais similar e conhecido fica muito mais fácil. As aulas ficam mais leves e o aprendizado só aumenta”, explica o professor.
A metodologia básica utilizada no projeto aproveita o grau de realismo trazido nas letras para inserir o aluno e mostrar que ele faz parte de tudo o que está sendo descrito. “Em músicas como ABC do Sertão, por exemplo, é possível mostrar as diferentes sonoridades das nossas letras, explicando as diferenças entre elas, isso para um professor de português. Já a canção Dezessete e Setecentos é uma verdadeira aula de aritmética, pois fala bastante em números”, mostrou o professor.
João Augusto ressalta ainda que não para por aí, mostrando que além de português e matemática ainda é possível ao professor de geografia, de história, de ciências e de várias outras disciplinas utilizar todo o acervo de Luiz Gonzaga para desenvolver nos seus alunos o interesse não só para os estudos, mas para a cultura da sua região.
A paixão
Colecionador de diversos LPs do Rei do Baião, José Augusto também escreve artigos sobre a obra do pernambucano que projetou o Nordeste nacionalmente e possui um programa na rádio Aperipê chamado de “Aquarela Nordestina”. Grande conhecedor da vida e da história de Luiz Gonzaga, o professor coleciona fotos e é sempre convidado a dar palestras sobre o tema. Paixão pelo Rei do Baião vem da infância
“Fui criado no interior e freqüentava as festas tradicionais da cidade, todas com músicas de Luiz Gonzaga. Nos anos 60 comecei a fazer a minha coleção de LPs e não parei mais. Acredito na riqueza desse grande artista, que retrata os retirantes, o padre, os cangaceiros e as festas tão tradicionais do nosso povo. Ele é mais do que um artista, mas uma figura de referência e importância fundamental”, argumentou o professor.
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