A proposta do projeto é realizar uma pesquisa quantitativa (Foto: Fapitec) |
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 aponta que 7,3% dos estudantes do 9º ano das escolas públicas e privadas já experimentaram drogas ilícitas. Após notar que o colégio em que trabalha não apresentava dados concretos em relação ao consumo de drogas pelos seus alunos, a professora Rafaela Ramos Varjão elaborou o projeto “Levantamento para identificação do padrão de consumo de drogas e comportamento de risco dos alunos do Colégio Estadual Cícero Bezerra”.
A proposta do projeto é realizar uma pesquisa quantitativa sobre o consumo de drogas lícitas e ilícitas pelos alunos do Cícero Bezerra e associar o consumo à prática de comportamentos de risco. Além de identificar o padrão de consumo de drogas e comportamento de risco dos alunos maiores de 16 anos.
A professora explicou como o projeto foi desenvolvido. “O levantamento foi realizado pelos bolsistas na unidade escolar através da abordagem dos alunos para o preenchimento do questionário pré-estruturado, individual e anônimo que contém as variáveis de interesse da pesquisa”.
O questionário foi realizado com 150 estudantes do ensino fundamental e médio, com idade acima de 16 anos. No qual, 60,7% declararam ter usado algum tipo de droga licita ou ilícita pelo menos uma vez na vida. A droga identificada com maior consumo foi o álcool (60%), seguida pelo tabaco (3%) e antidepressivos (3%). Quanto ao comportamento de risco, foi mostrado que 45% dos alunos que declararam consumir algum tipo de droga frequentemente, já foram à escola de ressaca, 14% faltaram à escola e/ou trabalho e 6% brigaram ou sofreram agressão.
Por conta do projeto, o Colégio Estadual Cícero Bezerra vem adotando algumas atividades interdisciplinares de sensibilização dos alunos sobre o consumo de drogas. Segundo a professora Rafaela, os dados apontaram a participação acentuada de alunos cursando o ensino fundamental. “A escola precisa intensificar as atividades sobre o combate às drogas, buscando uma cooperação cada vez maior dos docentes e um trabalho frequente no dia a dia das disciplinas.”
A expectativa é a ampliação da pesquisa com a proposta de utilizar formulários online de autopreenchimento. Além da atualização dos dados periodicamente para definir claramente a realidade da escola. O projeto foi apresentado no Cienart 2015, mostrando os resultados preliminares, e publicado um artigo na Revista Feira de Ciência & Cultura (vol.3, no. 3, abril 2016).
Apoio
Essa pesquisa tem o financiamento da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação do Estado de Sergipe (Fapitec) parceira com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) através do Programa de Iniciação Científica Júnior (PIBICJr).
Rafaela destacou a relevância da bolsa da Fapitec. “Permite que alunos da educação básica compreendam na prática o método científico e a construção do conhecimento. Através da aproximação da pesquisa contribui para sua formação como futuro pesquisador na educação superior”.
Fonte: Fapitec/SE
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