Rede municipal de ensino necessita de apoio

Salas de aula estão pinchadas com as carteiras jogadas pelas instalações do colégio
Mais um ano letivo se aproxima e os problemas na rede municipal de ensino da capital continuam. Em algumas escolas faltam melhorias na parte estrutural, humana e de lazer para os alunos. Problemas evidenciados nas escolas municipais Presidente Vargas, no bairro Siqueira Campos e Santa Rita de Cássia, no bairro América.

Alunos estudam sem estrutura adequada

Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Vargas, situada no bairro Siqueira Campos, estudam atualmente 1.214 alunos matriculados, sendo que mais de 50% estão no período matutino. Para os alunos a situação do local é crítica e os eles solicitam uma reforma para continuarem freqüentando a rede de ensino, já que de acordo com eles, é visível o descaso encontrado na escola, como paredes pichadas, portas e janelas quebradas e infiltrações nas

Salas de aula estão sem condições de uso
paredes dos banheiros.

“Nós brigamos para sentar próximo ao único ventilador que restou dentro da sala de aula. Os quadros estão pichados e a sala fica cheia de lixo, que só vêm limpar no início do período da noite, quando a aula da tarde se encerra”, relata a pequena Ketlyn Dantas, de 11 anos. Já no banheiro masculino a situação é ainda mais agravante, pois as duas únicas torneiras da pia estão quebradas, além de conter um buraco, que amedronta os alunos principalmente no período noturno. 

Mais problemas

Apesar de possuir um vigilante, que deveria garantir a

Daiane de Jesus diz que os alunos querem a cobertura da quadra
segurança na rede de ensino, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Santa Rita de Cassia, localizado no bairro América, não foi poupada da ação de marginais. “O local tem um vigia, mas uma semana dessa a escola foi assaltada no turno da noite. Levaram um computador, uma TV e ninguém viu nada”, destaca a estudante Daiane de Jesus, do 8º anos, ao reclamar que apesar da Unidade de Ensino possuir sala com computadores, permanece fechada sem que os alunos tenham acesso.

A estudante Daiane de Jesus, ainda aproveita para destacar que os alunos reivindicam a cobertura da quadra. “A quadra não é coberta e dificulta a prática da educação física. Quando chove a situação se agrava. Até no refeitório das crianças alaga com as chuvas”, disse a aluna.

Problemas na Educação

Para Maria Elba, as más condições de trabalho são os principais problemas da educação 
Para o Sindicato dos Profissionais de Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), uns dos maiores problemas da educação são as más condições de trabalho vivenciadas pelo professor, haja vista que muitas redes de ensino não possuem estrutura adequada para manter profissionais e alunos em salas de aula.

“Tivemos algumas conquistas, mas infelizmente a prefeitura não atendeu o piso porque ela modificou uma carreira e tirou direitos conquistados pela categoria. Consideramos que para o profissional de ensino médio foi um avanço, pois passou de R$ 699 para receber R$ 1.024 reais, mas na carreira a maioria perdeu pelo que foi retirado. Queremos de volta o plano de carreira de 2002”, anuncia Maria Elba da Silva, presidente do Sindipema.

Outro ponto abordado pela presidente do Sindipema diz respeito a merenda escolar. “A merenda escolar chega, mas a reclamação dos alunos é que quando chega a carne, falta a verdura, ou as vezes a escola recebe alimentos que o aluno não necessita, como pipoca”, denuncia a sindicalista.

Respostas da Educação

De acordo com a secretária Municipal de Educação (Semed), Tereza Cristina, a Escola Presidente Vargas passará por reformas no meio de 2011 e os alunos deverão ser alocados em outras Unidades de Ensino. “Será uma reforma grande, que abrange a criação de uma quadra coberta, jardinagem, além de uma pracinha onde hoje é o auditório”, informa a secretária.

Segundo a coordenadora geral da Escola Santa Rita, Maria Edjane Soares, o prédio é alugado e a reforma não depende da Semed nem da Escola. “Para que ocorra qualquer modificação no prédio é necessário falar com os proprietários, porque o local é alugado por eles à Semed. Caso houvesse a modificação dos alunos para outro local que houvesse uma quadra coberta, iria requerer tempo e muito dinheiro”, destaca a coordenadora.

Sobre a falta de acesso aos computadores por parte dos alunos, Maria Edjane, informa que os alunos têm acesso. “Apenas o que falta é um encadeamento de rede, ou seja, falta realizar uma instalação adequada para que seja liberada aos alunos. Quanto ao roubo de um computador não é verdade, foram boatos”, disse Maria Edjane.

Esta reportagem faz parte da série especial sobre os desafios da capital sergipana para a próxima década. As reportagens sobre o tema serão publicadas ao longo desta semana. Você também pode opinar através dos comentários.

Outros desafios
Cidade:
Sistema de transporte em Aracaju deve melhorar
Saúde: Falta retaguarda e pacientes lotam o Huse
Cidade: Crescimento da cidade deve ser repensado

Por Aysla Vasconcelos e Diógenes de Souza

 


 

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