Rio São Francisco enfrenta situação difícil

UFS sedia simpósio sobre o Rio São Francisco (Fotos: Portal Infonet) Julianeli Tolentino fala que o Velho Chico enfrenta situação difícil Ângelo Antoniolli celebra realização do simpósio no novo prédio da didática VII

Até a próxima quarta-feira, 6, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) recebe o Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco (CBHSF) para promover um simpósio sobre a atual situação do ‘Velho Chico’ para a comunidade acadêmica do campus.

O São Francisco é o maior rio inteiramente brasileiro e tem aproximadamente 2,8 mil quilômetros, percorrendo 505 municípios de seis estados e Distrito Federal. O coordenador da Câmara Consultiva Regional (CCR) do submédio da região do São Francisco, vinculado ao CBHSF, Julianeli Tolentino, falou sobre a atual situação do rio. “Hoje ele passa por um momento difícil. Além da seca, que nos trouxe um período crítico nos últimos cinco anos, tivemos uma degradação ambiental. Houve muitos desmatamentos, assoreamento, despejo de esgoto. Tudo isso culmina na destruição total da bacia como um todo. São problemas complexos, mas possíveis de enfrentar. Basta querer. É por isso que o Comitê da Bacia Hidrográfica propõe projetos demonstrativos para que possam ser replicados e, consequentemente, tenhamos uma melhoria da situação, que está difícil”.

O reitor da UFS, Ângelo Antoniolli, celebrou a realização do simpósio. “O Comitê tem se debruçado sobre o problema do São Francisco dentro da sociedade, principalmente dentro das comunidades ribeirinhas, de quem depende da água para sobreviver. Quando procura a universidade, faz um salto de relevância interessante, porque vai, na base do conhecimento, modificar o ambiente. Nada pode ser feito por acaso. A ciência tem o seu papel. Traz um caráter racional para o debate das políticas públicas que, de alguma forma, devem proteger o São Francisco. Nós precisamos da água para nutrir a nossa gente. A preservação do São Francisco é de extrema relevância para que diversas áreas do conhecimento estejam integradas”.

O simpósio está à disposição da comunidade acadêmica até a manhã da quarta-feira, 6, no auditório do recém-inaugurado prédio da didática VII.

Por Victor Siqueira