Seed: 9 mil servidores podem decretar greve

Assembléia ainda está ocorrendo

Reunidos em assembléia na manhã desta quinta-feira, 2, os servidores da Secretaria de Estado da Educação (Seed) podem paralisar as atividades. Merendeiras, vigilantes, oficiais administrativos, motoristas e agentes administrativos reclamam do que eles chamam de descaso do governo com a falta de estrutura de trabalho e os baixos salários.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Públicos do Estado de Sergipe (Sintrase) os servidores enfrentam péssimas condições de trabalho nas escolas e perseguição por parte de alguns diretores de escolas, além de acúmulo de função.

“As condições de trabalho são horríveis, os equipamentos são defasados e falta de pessoa. Tem muito relato de diretores medíocres e vive querendo forçar vigilantes a carregar lixo para a rua e de serviços gerais que fazem serviço de merendeira. Quando o diretor não é gente boa existe a represaria”, afirma o presidente do Sintrase.

Para Valdir Rodrigues a situação é insustentável e os trabalhadores podem decretar greve logo após o retorno dos professores. “O servidor está insatisfeito e quer greve quando os professores voltarem. Eles estão revoltados e com as condições horríveis de trabalho e com o salário. Queremos uma proposta de plano de carreira”, observa o sindicalista lamentando que enviou em agosto do ano passado o projeto de plano de carreira para a Seed e que não obteve resposta.

“Queremos mostrar que o secretário de educação, o senhor Belivaldo Chagas, não tem respeito pelos nove mil servidores. Respeito é uma coisa mútua e Belivaldo não tem demonstrado o mínimo”, critica Valdir dizendo que o salário não motiva o servidor.

“O executor de serviços básicos recebe R$545; a merendeira, motorista e vigilante tem um salário de R$546; agente administrativo R$547; oficial administrativo R$549 e o nível superior como contador, administrador e jornalista que entrou há 25 anos recebe R$748 de salário base. Isso é uma vergonha”, acredita.

Negociação

O presidente do Sintrase lamentou ainda que todas as categorias tenham que negociar com Chico Buchinho. “Meu amigo Chico Buchinho agora virou um super secretário. Chico Buchinho é um cara legal, mas não têm a mínima condição de saber de todos os problemas de todas as classes, então ele será o maior especialista do mundo. Nós podemos negociar com Chico Buchinho, mas o secretário Belivaldo tem que esta na mesa porque ele conhece os problemas e é o secretário da educação”, salienta.

O secretário Belivaldo Chagas confirmou por meio da Assessoria de Comunicação Social que recebeu uma proposta do Sintrase, mas como se tratava de um Plano de Cargos e Carreira para os funcionários, este documento também foi entregue à Secretaria da Administração. O Governo vem sinalizando que no momento próprio vai promover um Plano de Cargos e Carreira para os servidores como um todo e não apenas para os funcionários da SEED. Um Plano de Cargos e Carreiras dos servidores envolve toda uma política de governo.

Com relação ao servidor de serviços gerais estar trabalhando como merendeira, o secretário
esclarece que não é orientação da SEED, porém, reconhece que em algumas unidades de ensino o fato pode estar acontecendo pelo fato de em algumas escolar ainda estar faltando merendeira. Entretanto, é conveniente ressaltar, que esta troca de função é combinada com o servidor e a equipe diretiva da escola. "Nenhum servidor é obrigada a exercer uma função que não seja a sua, salvo se ele aceitar e mesmo temporariamente".

Por Kátia Susanna

* A matéria foi alterada às 15:44 para acrescentar a posição do secretário de Estado da Educação, Belivaldo Chagas

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