Servidores da UFS em greve suspendem funcionamento do Resun

Cetgoria realizou assembleia no Restaurante Universitário após o fechamento (Fotos: Portal Infonet)

O Restaurante Universitário (Resun) da Universidade Federal de Sergipe (UFS) teve as atividades totalmente suspensas nesta quinta-feira, 16. Um grupo de servidores técnico-administrativos ocupou a cozinha no início da manhã e impediu que os funcionários terceirizados que mantinham o funcionamento parcial trabalhassem.

A alegação do comando de greve do Sindicato dos Trabalhadores da UFS (Sintufs) é que eles não são capacitados para manipular os alimentos. Eles consideraram 'autoritária' a decisão do pró-reitor de Assistência Estudantil, Mário Resende, de manter o funcionamento do restaurante. Depois de interromper o funcionamento do local, a categoria realizou uma assembleia.

Lizaldo Vieira diz que categoria quer discutir com o reitor a situação dos estudantes

Lizaldo Vieira, membro do comando de greve, disse que às 5h os servidores em greve já estavam no Resun para convencer e conscientizar os funcionários terceirizados a não trabalharem. “Eles não têm capacitação e estavam trabalhando sem segurança alguma. A maioria deles não sabe manipular os alimentos, só tem um cozinheiro e os demais são serventes. O pró-reitor tomou uma decisão autoritária colocando o Resun para funcionar sem as mínimas condições”, explicou.

Durante a conversa com os terceirizados, Viera comentou que todos alegaram ser pressionados a manter o funcionamento do restaurante. Ele disse que o comando de greve aguarda uma posição do reitor para resolver a situação dos estudantes beneficiados pelo programa de residência da UFS, que fazem pelo menos duas refeições por dia gratuitamente. “Esse é um caso frágil, é preciso discutir uma solução para esses estudantes”, completou Lizaldo. A suspensão do atendimento do Resun, enquanto durar a greve, segundo ele, é irrevogável.

Mário Resende pediu sensibilidade da categoria em ofício enviado ao Sintufs (Foto: Ascom/UFS

Os campi de Itabaiana e Lagarto também estão em greve. Dentro dos 30% exigidos por lei funciona apenas o Hospital Universitário (HU). Das 46 universidades federais do país, 40 já estão em greve, de acordo com o Sintufs. Na próxima semana uma comissão de servidores da UFS irá a Brasília para, junto ao comando nacional de greve, pressionar o Governo Federal a fim de que a mesa de negociações seja aberta. “O governo está irredutível, mas precisa agir imediatamente. São 180 mil servidores”, declarou Lizaldo Viera.

O pró-reitor de Assistência Estudantil, Mário Resende, lamentou o fechamento do Resun e disse ter enviado um ofício ao comando de greve solicitando o fornecimento das refeições ao menos para os bolsistas da universidade. “São estudantes que não têm família nem parentes aqui na capital e precisam desse benefício. Esperamos que eles sejam sensíveis, pois isso ultrapassa a questão política; é de ordem humanitária”, disse.

Por Diógenes de Souza

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