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Servidores da UFS fazem protesto em Lagarto (Fotos: Portal Infonet) |
Há 50 dias em greve, os servidores da Universidade Federal de Sergipe (UFS), se reuniram na manhã desta quarta-feira, 23, na sede do Sindicato dos trabalhadores da instituição federal (Sintufs), em São Cristóvão, para a realização de mais um ato. Desta vez, a cidade escolhida foi Lagarto, município do Centro-Sul sergipano. A ida dos servidores a cidade será para apurar uma denúncia de que um aluno do Campus estaria exercendo de forma irregular, a função trabalhista de um técnico administrativo.
“O comando geral de greve recebeu uma denúncia de que a direção do Campus de Lagarto acabou contratando um estudante que não tem vínculo trabalhista para exercer atividades laborais que são de competência exclusiva de técnicos administrativos. Então vamos está averiguando a veracidade desta informação. Isso não pode acontecer. De modo geral essa medida enfraquece a greve dos técnicos e compromete a imagem da própria universidade”, relata o presidente do Sintufs, Lucas Gama.
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Eles apuram denúncia de trabalho irregular no Campus da cidade |
Ainda de acordo com Lucas Gama, um manifesto será realizado nas ruas de Lagarto como forma de informar a população da cidade sobre as reivindicações da categoria, que possui o menor piso salarial do Executivo Federal. “Iremos fazer uma manifestação nas ruas do Centro da cidade para divulgar a população que a categoria dos técnicos administrativos das universidades federais brasileiras está em greve há mais de um mês e espera uma resposta da presidente Dilma, sobre as nossas reivindicações. Somos uma categoria que vem sendo vítima nos últimos anos do processo da terceirização”.
Reivindicações
Dentre as reivindicações da categoria, está em primeiro plano a redução da carga horária trabalhista de 40 horas para 30 horas semanais, dentre outras pautas. “A nossa luta é que tenhamos uma melhoria salarial dos técnicos, que haja uma contratação por meio de concurso público para a universidade a fim de acabar com a terceirização, como também lutamos ainda para a melhoria básica nos Campis de todo o Estado”, finaliza.
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O presidente do Sintufs, Lucas Gama |
UFS
A assessora de comunicação da UFS, Caroline Amâncio, disse que desconhece a informação de que alunos estejam exercendo funções de um técnico administrativo. Ela diz que nenhuma irregularidade foi constatada no Campus Lagarto. “Neste momento a diretoria geral do Campus de Lagarto está reunida com a categoria do Sintufs e está esclarecendo a atual situação enfrentada, em que trabalhadores terceirizados e estudantes bolsistas continuam trabalhando. Eles não aderiram à greve, e estão realizando apenas atividades próprias da função, não estão assumindo atividades de técnicos administrativos.
Por Leonardo Dias e Kátia Susanna