Servidores param UFS contra o corte de verbas

Manifestantes entregam panfletos na porta da UFS (Fotos: Cássia Santana/Portal Infonet)

Os servidores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) paralisaram as atividades nesta quarta-feira, 2, contra os cortes promovidos pelo Governo Federal que afetam o ensino superior em todo o país. Os manifestantes distribuíram panfletos, informando os impactos resultantes das medidas que vêm sendo adotadas desde o final do ano passado, que congelou os investimentos nas instituições públicas de ensino no país.

A expectativa é que os reflexos, na prática, ocorrerão a partir do mês de setembro. Na perspectiva do Sindicato dos Servidores da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), pode haver férias coletivas e a UFS parar efetivamente por falta de recursos para mantê-la, consequência da escassez de recursos para pagamento dos contratos terceirizados, que mantêm os serviços de limpeza e vigilância da instituição, podendo, inclusive culminar com parcelamento de salários e de férias.

“Foram cortados R$ 4,3 bilhões e estes recursos serviram para o Governo Federal pagar dívidas públicas de bancos e para pagar os parlamentares para aprovação das reformas trabalhistas e previdenciária e também para aprovar a lei da terceirização”, conceitua a coordenador do Sintufs, Bryane Araújo. “Vamos cobrar da reitoria informações sobre estes cortes”, avisa a sindicalista.

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A reitoria da UFS se manifestou por meio de nota pública, publicada no site da instituição. Na nota, a reitoria informa que a dotação orçamentária liberada pelo Ministério da Educação corresponde, até o momento, a 70% das despesas de custeio e aproximadamente 50% das despesas de capital. “Caso não haja liberação integral de 100% do limite orçamentário relativo a custeio, haverá, inevitavelmente, sérios problemas de execução de despesas de energia, bolsas, pessoal terceirizado (limpeza, segurança, apoio operacional etc)”, destaca trecho da nota. “A informação repassada extraoficialmente pelo MEC é de um contingenciamento de 15% dos recursos de custeio e de 40% dos recursos de capital”, alerta a nota da reitoria.

Na nota, a reitoria da UFS diz que as instituições estão aguardando a definição oficial e que as medidas afetarão, inevitavelmente as atividades de manutenção das Universidades Federais, a partir dos meses de setembro e outubro deste ano. “Até o momento, a UFS tem conseguido manter em dia o pagamento de serviços contratados, de modo que todos os serviços essenciais foram mantidos, a despeito da profunda crise econômica e financeira do país”, complementa a nota.

Por Cássia Santana

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