Sindicato nega falta de vigilantes ao expediente

Segundo o presidente do Sintreducase, Johan Bezerra, falta é para justificar terceirização (Foto: Arquivo Infonet)

O membro da diretoria do Sindicato dos Funcionários de Escola do Estado de Sergipe (Sintreducase) contesta a informação da Secretaria de Estado da Educação de que em 2014 foram registradas 700 faltas de vigilantes efetivos nas escolas da rede estadual de ensino.

Segundo o presidente do Sintreducase, Johan Bezerra, em alguns casos, os próprios vigilantes receberam falta mesmo estando exercendo suas atividades. “A SEED busca argumento para justificar a terceirização e esses números nem sempre são condizentes com a realidade. Só para se ter ideia, tinha fiscal que não tinha paciência de esperar o vigilante vir do banheiro e colocava falta. Eu mesmo fui vítima. Eu trabalho à noite e teve um dia que o fiscal chegou na escola e colocou falta como se eu trabalhasse pelo dia”, informa.

Ainda seguindo o Sindicato, há um déficit de 400 vigilantes efetivos na rede estadual de ensino, sendo que o próprio Ministério Público Estadual (MPE) ajuizou uma ação para que o Estado de Sergipe realize concurso público para servidores administrativos das Escolas Públicas Estaduais, entre eles, os vigilantes.

“A necessidade mínima em uma escola pequena é de seis vigilantes por escola. Eu não conheço uma escola que exista um quadro de vigilante completo. O contrato do vigilante terceirizado consta mais de R$ 4 mil e os concursados ganham menos de R$ 788”, diz.

Nesta segunda-feira, dia 6, Johan Bezerra esteve na SEED para protocolar um documento demonstrando a legitimidade do Sindicato. “A PGE já reconheceu o sindicato, só que o Sintrase entrou com uma ação na justiça. Já existem cinco decisões judiciais favoráveis ao sindicato e o Sintrase não entrou com um efeito suspensivo da decisão e com isso, ela está valendo”, informa ao acrescentar que a ação tramita no Tribunal Superior do Trabalho (TST).

SEED

Segundo a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (SEED), existe todo um acompanhamento das atividades dos vigilantes e as faltas foram dos vigilantes efetivos do estado.

“Não tem nada a ver com a terceirização, até porque ela é recente e existem apenas terceirizados nas escolas mais críticas. os vigilantes são servidores e estão sujeitos à punição. Alguns roubos que acontecem nas escolas ocorrem por conta da ausência do profissional ou até com ele dentro. Após a colocação da vigilância terceirizada, não houve mais problema com roubo”, afirma o assessor Elton Coelho.

Por Aisla Vasconcelos

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