Sindicatos realizam manifesto em favor de professoras

Ato é por solidariedade a professoras (Fotos: Portal Infonet)

Professores do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema) e representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizaram um ato neta segunda-feira, 23, em frente à Secretaria Municipal de Educação (Semed) com o objetivo de prestar solidariedade a duas professoras da rede municipal de ensino.

No entendimento dos Sindicatos, as docentes estão sendo perseguidas pela atual gestão da Secretaria Municipal de Educação por não adotarem o material didático que integra o Programa Alfa&Beto.

“Elas estão respondendo a inquérito por se recusar a trabalhar com um pacote de livros chamado de Alfa&Beto. São livros que o Ministério da Bahia, por considerar  racistas e preconceituosos, mandou a prefeitura local devolver. Esses mesmos livros foram adotados em Aracjau pela gestão de João Alves”, diz o vice-presidente da CUT, Roberto Silva.

Ato aconteceu em frente a Semed

Ainda segundo Roberto Silva, os sindicatos lamentam que haja perseguição. “Elas [professoras] se recusam a trabalhar com o material porque entendem que ele não é bom. Elas entendem que podem trabalhar com outros materiais que ajudem os alunos a serem alfabetizados. As duas professoras vieram participar da sessão de inquérito e a gente lamenta porque entende que está clara a perseguição do prefeito aos professores do município de Aracaju e as duas sindicalistas. Esse não é um modelo de gestão que o povo defende, o povo não o elegeu para perseguir professores que têm responsabilidade, que cumpre com horário, que alfabetiza as crianças e estão sendo ameaçados de demissões”, afirma.

Semed

O assessor de comunicação da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Pedro Rocha, esclarece que cada professor tem sua própria autonomia no momento de ensinar.

Pedro Rocha afirma que não há perseguição 

“O que eles estão querendo é misturar política com educação e nós não vamos aceitar isso. Nós temos um programa e aplicamos sem tolher a autonomia dos professores. Cabe ao professor aplicar o nosso programa da secretaria que é do currículo único, mas se eles querem usar outro não tem problema nenhum. Cada professor de forma aleatória criava o próprio programa de ensino e aplicava na sala de aula. Nós temos um público mutante. O aluno está aqui, mas se o pai for morar no Mosqueiro, a criança vai. Ao chegar à nova escola, ele percebe que o ensino é outro e muitos abandonam, ou não entendem e não conseguem estudar. Nós identificamos isso e por isso colocamos esse programa”, esclarece.

Pedro Rocha esclarece ainda que não há preconceito. “O que eles alegam é que tem um trecho do livro, no qual o pai disse que a filha tem uma boneca suja e compra uma boneca linda dos olhos azuis para dar a ela, que não aceita. Tem alguma coisa de preconceituoso nisso?”, indaga.

Por Aisla Vasconcelos

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