O Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema) faz diversas reclamações sobre o aspecto estrutural de creches e escolas da rede pública. De acordo com a categoria, há problemas estruturais que põem em risco a integridade de profissionais e alunos.
Falhas no teto, rachaduras na parede e falta de segurança são os pontos mais falados pelo sindicato. O presidente, Adelmo Menezes, elencou diversas unidades que sofrem com essas deficiências. “Isso já vem desde 2013, na gestão anterior da Prefeitura de Aracaju. Hoje estamos com o quantitativo de 74 escolas e a situação não é boa. Não tem porteiro, só em duas ou três”.
Menezes citou situações recentes para mostrar que alguma providência precisa ser tomada. “Tem escolas que estão para ser reformadas, como a José Airton de Andrade, Carvalho Neto e Anísio Teixeira, mas nada começou até agora. A situação do Dom Távora, no Manoel Preto, é a pior: é a única escola da localidade e a nova obra nem começou”, protestou.
Na última quarta-feira, parte do teto de gesso da Escola Municipal Ana Luiza Mesquita Rocha, no bairro José Conrado de Araújo, cedeu e atingiu funcionários e alunos. No incidente, estavam em sala de aula oito estudantes, uma cuidadora e uma professora. Por sorte, ninguém teve ferimentos graves.
Semed
A secretária Maria Cecília Leite comentou que, no início da gestão, foram feitas visitas em todas as escolas da rede municipal. “Iniciamos uma série de visitas às escolas e constatamos que vários prédios, que abrigavam as unidades, estavam deteriorados. Das 74 escolas existentes na rede de ensino de Aracaju, 74 necessitavam de intervenção. No dia 13 de agosto, foi celebrado um novo contrato de manutenção permanente – por intermédio do qual serão investidos R$ 8 milhões em um prazo de três anos, com validade até 2021. Anteriormente, buscamos o contrato de manutenção que era válido e não havia sequer sido dada a ordem de serviço do mesmo, e a empresa vencedora desistiu do contrato. Com relação a contratação de porteiros, o procedimento de licitação para contratação de agente operacional de portaria e agente operacional administrativo está em tramitação”, explicou.
Em relação à escola Olga Benário, a secretária reconheceu que é similar às outras unidades de ensino. “O serviço de manutenção da escola já foi iniciado, com a adequação da parte elétrica, e prosseguirá com as outras demandas, inclusive, a recuperação do telhado. Com relação a segurança da escola, a Semed já aderiu a um contrato central de videomonitoramento que, inicialmente, será implementado nas escolas que apresentam maior vulnerabilidade”.
“Na escola Ana Luíza Mesquita Rocha a manutenção já estava prevista e deve começar no dia 27. A sala onde houve o caso foi isolada, o prédio liberado para continuar com as atividades letivas e haverá um laudo elaborado pela Defesa Civil para apontar as causas da queda do gesso. A escola Dom Távora está fechada há cinco anos fechada, e hoje tramita o processo licitatório para iniciar as obras. Enquanto isto não acontece, a escola está instalada e funcionando em um prédio no Centro de Aracaju”, apontou Maria Cecília.
Por Victor Siqueira
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