Fala do governador sobre professores repercute entre sindicatos

Trecho de uma declaração dada pelo governador Fábio Mitidieri, na última segunda-feira, 30, durante a inauguração de uma escola da rede estadual de ensino, que contou com ato dos professores, gerou críticas por parte do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe (Sintese) e repercutiu entre os sindicatos de outras categorias. 

O Sintese, que realizou um protesto durante a solenidade do governo, se manifestou sobre o assunto, na última quarta-feira, 2, por meio das redes sociais, quando publicou um vídeo, com o seguinte trecho da fala do governador. “Porque eu trabalho todo dia. Eu venho aqui entregar escola todo dia e, além de protestar por dinheiro, eu nunca vi vocês trabalharem.”

No mesmo vídeo, o presidente do Sintese, Roberto Silva, classifica a fala como agressiva e desrespeitosa. “O governador com essa fala despeitosa demonstra não conhecer o fazer pedagógico dos professores. Essa tentativa de tirar a autoridade dos professores perante os alunos é agressiva e desrespeitosa com todos nós”.

A fala causou polêmica e despertou o posicionamento de outros sindicatos, a exemplo do Sindicato dos Profissionais do Ensino do Município de Aracaju (Sindipema), Associação dos Docentes da UFS (Adufs), Sindicato das Trabalhadores e Trabalhadores Técnico-administrativos da UFS (Sintufs) e Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed). A situação também levou a deputada Linda Brasil a protocolar uma Moção de Protesto na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) contra as declarações.

Posicionamento

Em suas redes sociais, Fábio Mitidieri se posicionou afirmando que sempre manteve a cordialidade nas conversas com os professores, alunos e funcionários da Rede Estadual. “ É com respeito e transparência que trato os servidores do Estado, independentemente da categoria. Todos! E sempre tive de portas abertas para dialogar!”.

Além disso, o gestor afirmou que os pedidos dos professores são legítimos e que está sempre aberto para o diálogo com a categoria. “Não é justo se apropriar de uma pauta tão importante para benefícios próprios, com destacado caráter eleitoral e político-partidário, como o que estamos acompanhando”, destacou Mitidieri.

Por Carol Mundim e Aisla Vasconcelos