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Professores lançam proposta para a Educação Pública de Sergipe (Fotos: divulgação) |
No próximo dia 30, quarta-feira, às 19h na Sociedade Semear o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe – SINTESE faz o lançamento do projeto “Escola Democrática e Popular: A Educação que Queremos”.
“Em 2012 aprofundamos nossas discussões sobre o que queremos para a educação. O projeto é o resultado de um amplo debate teórico, político e ideológico sobre a educação pública que os professores querem para Sergipe e quiçá para o Brasil”, aponta a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo.
No atual cenário nacional em que os gestores, na falta de vontade de construir políticas públicas estruturantes, percorrem o caminho mais fácil que é o da compra de pacotes instrucionais e de gestão para construir uma educação “de qualidade” superficial e tornar o país mais atrativo no cenário internacional, o SINTESE sai na frente e numa construção coletiva e amplamente debatida entre os educadores apresenta sua proposta de educação para a sociedade sergipana.
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Projeto é intitulado "A Escola Democrática e Popular: A Educação que Queremos" |
Vale ressaltar que não é obrigação do movimento sindical formular políticas públicas, mas dentro das discussões, lutas e debates feitos pelo sindicato durante os últimos 20 anos compreendeu-se que chegou a hora dos trabalhadores da Educação mostrarem de forma sistemática pelo que verdadeiramente estão lutando.
A semente para a ideia de sistematizar um projeto para a educação sergipana veio a partir da gravação do filme Carregadoras de Sonhos, realizado em 2010. “O filme suscitou intensos debates na categoria, pois ele mostra a realidade das condições de trabalho e práticas pedagógicas dos professores sergipanos, situação essa que pode ser transportada para qualquer lugar do Brasil”, aponta Joel Almeida, diretor de Comunicação do SINTESE.
A formulação do projeto foi criada a partir da construção de um Grupo de Trabalho formado por dirigentes do SINTESE, professores e professoras da base com a orientação do professor doutor André Silva Martins da Universidade Federal de Juiz de Fora. O GT estabeleceu como metodologia reuniões mensais com o objetivo de debater e formular concepções politico-pedagógicas, diretrizes e resoluções, a partir de leituras teóricas e da legislação educacional vigente. O projeto para a educação pública de Sergipe está centrado em quatro eixos: Formação Humana, Trabalho Docente, Gestão Democrática e Politicas Estruturantes.
Para ele, o projeto não deve ser só dos trabalhadores e trabalhadoras em educação. Ele precisa ser disputado na sociedade em nome de todos os demais trabalhadores como forma de instituir um novo modelo de educação que tenha como horizonte a emancipação humana e a perspectiva de avanço para toda a classe trabalhadora.
“Esse anteprojeto tem uma clara perspectiva, de construir o novo desafiando o velho. O SINTESE se coloca diante de uma tarefa histórica, construir uma educação de novo tipo. E essa é uma tarefa que só pode ser realizada por educadores e educadoras corajosos, que carregam sonhos, que possuem força para lutar e ousam desafiar os poderosos. E se o SINTESE não realizar neste momento este projeto, nenhum outro sindicato de educação deste país o fará”, sentenciou André Martins.
Desde a elaboração do anteprojeto no grupo de trabalho, o projeto já passou por discussões entre os professores nos pré-congressos e foi tema principal do XIV Congresso Estadual dos Trabalhadores em Educação, onde foi debatido, sofreu emendas e aprovado por unanimidade pelos quase 2 mil delegados presentes ao Iate Clube de Aracaju no mês de novembro.
O processo de elaboração do projeto também levou os professores que participaram ativamente das discussões a reavaliarem suas próprias práticas pedagógicas. “Durante o tempo que participei do grupo de trabalho e nas discussões posteriores, percebi que nós como educadores também precisamos reavaliar nossas práticas pedagógicas”, apontou Ivonete Cruz, diretora do Departamento de Educação do SINTESE.
Como estratégia de levar o projeto a cada professor, foi definida a criação de grupos de estudos nos municípios para que os professores de forma mais amiúde possam estudar projeto além de usarem o texto base, eles terão como instrumento de estudo uma cartilha que está sendo preparada pelo Núcleo Piratininga de Comunicação.
Seminário para gestores
Além do lançamento que acontece dia 30, o sindicato também irá fazer no dia 19 de fevereiro um seminário para os gestores (prefeitos e secretários de educação). “Nosso objetivo é que todos os gestores conheçam o projeto e possam usá-lo como referencial na construção de políticas públicas para a educação” apontou Ângela.
O projeto também será apresentado nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro para pesquisadores da Educação durante o IV Seminário de Educação Brasileira. O evento é promovido pelo Centro de Estudos Educação & Sociedade da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Fonte: Sintese
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