Sintufs acusa UFS de descumprir protocolos de biossegurança

O sindicato apontou que cerca de 25% do pessoal terceirizado em atividade presencial já testou positivo para Covid -19 (Foto: Seduc)

O Sindicato das Trabalhadores e Trabalhadores Técnico-administrativos da Universidade Federal de Sergipe (Sintufs), levantou uma série de denúncias contra a Administração da UFS na última segunda-feira, 7. De acordo com o sindicato, a instituição está descumprindo o próprio Protocolo de Biossegurança que foi formulado em julho de 2020 e reformulado em março deste ano.

Em nota, a coordenação do Sintufs aponta irregularidades quanto ao encaminhamento do pessoal que testou positivo para a covid-19, o desrespeito às regras de distanciamento social, o descumprimento do revezamento para serviços essenciais e presenciais, dentre outros aspectos igualmente preocupantes.

“Nas últimas semanas, houve testagem em massa dos terceirizados na UFS, com um alto número de trabalhadores e trabalhadoras testando positivamente. Apesar disso, as informações recebidas pelo Sintufs dão conta de que não houve orientação para que os mesmos buscassem uma unidade de saúde. Apenas uma comunicação oral para que ficassem 7 dias em casa e retornassem após este período, sem nenhuma nova testagem que comprovasse se ainda havia risco de contaminação dos colegas”, relata a coordenação do Sintufs.

Segundo o sindicato, de acordo com dados da Infraufs, cerca de 25% dos trabalhadoras e trabalhadores terceirizados em atividade presencial, o equivalente a cerca de 300 pessoas, já testou positivo para a covid-19 desde o início da pandemia.

O sindicato exige mais informações sobre o controle – ou ausência deste – de pessoal que está em trabalho presencial. “A UFS é uma das principais referências no estado de Sergipe no combate à Covid. É preciso, porém, que isso se estenda a toda a comunidade acadêmica, sem exceções”, declara.

A nota completa divulgada pelo Sintufs pode ser vista aqui.

Universidade Federal de Sergipe

Por meio de nota, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) esclareceu que cumpre todas as orientações emitidas pelos órgãos de saúde, como Organização Mundial da Saúde e Ministério da Saúde, bem como do Protocolo de Biossegurança Institucional no que compete às medidas sanitárias de enfrentamento à propagação da covid-19. Os trabalhadores da universidade, sejam eles servidores efetivos ou prestadores de serviço contratados, têm acesso a álcool em gel disponibilizado nos corredores e entrada de todos os prédios da instituição, bem como receberam e são orientados quanto ao uso da máscara, e participam de programa de testagem para detecção do novo coronavírus, seja por solicitação em casos suspeitos ou em ação como a que ocorreu no dia 25 de maio.

Segundo a UFS, na ocasião, dos 356 trabalhadores contratados testados, 81 testaram positivo para o vírus, o que representa 25% da testagem. A partir de então, todos estes trabalhadores receberam a documentação informando do resultado do teste, bem como das medidas que deveriam tomar para evitar a propagação da doença, receberam a orientação quanto ao tempo que deveriam ficar isolados (10 dias, conforme orientação do Ministério da Saúde) e já entraram no programa de monitoramento (UFS Monitora).

Ainda de acordo com a UFS, tal monitoramento é realizado por equipes de setores de saúde do servidor (Diase e SIASS), composta por três enfermeiras, duas auxiliares de enfermagem, duas médicas e uma psicóloga. Em casos assintomáticos, o monitoramento é realizado pela equipe de enfermagem e o trabalhador apresenta sintomas é direcionado para uma das médicas. E, se precisar, para o apoio psicológico. Em situação de agravamento dos sintomas, o paciente é orientado a buscar uma unidade de saúde com brevidade.

Ressalta-se ainda que, também como medida de segurança, os trabalhadores contratados estão trabalhando em turnos, sendo que foram divididos em 50% deles para a manhã e 50% para a tarde. Além disso, os que se enquadravam entre os grupos de risco estão afastados ou trabalhando de forma remota, caso a atividade permita. Também é importante pontuar que, por meio do diálogo com prefeituras onde possui campus instalado, a universidade está vacinando todos os servidores efetivos e trabalhadores contratados.

Com informações do Sintufs

A matéria foi alterada às 20h34 para acréscimo de nota enviada pela UFS.
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