Terceirizados cruzam os braços na Universidade Federal de Sergipe

Trabalhadores lamentam situação (Fotos: Portal Infonet)

Trabalhadores da empresa de Serviços Gerais RC cruzaram os braços por conta do atraso nos salários, dos vales-transporte e dos tickets-refeição. A categoria fez um ato na porta da Prefeitura do Campus Universitário na tarde desta segunda-feira, 30 para reivindicar os direitos. Ficou agendada uma reunião para esta terça-feira, 31 a partir das 8h entre representantes da empresa, o prefeito Djalma Arruda e os terceirizados. A Universidade já notificou a empresa.

“A maioria dos trabalhadores está há quase três meses sem receber os salários, sem vales-transporte para vir trabalhar e sem ticket-refeição. Esta é a segunda vez que a empresa atrasa. Nós já tentamos negociar e estamos cansados de esperar”, afirma Jamison dos Santos acrescentando que a maioria dos trabalhadores está indo trabalhar à pé já que não tem como pagar passagens.

Lucas Gama: "A universidade lava as mãos"

De acordo com o servidor da Universidade Federal de Sergipe, Lucas Gama, o primeiro atraso aconteceu em janeiro. “Eu sou servidor efetivo, mas estou aqui dando uma força. Em janeiro, a empresa atrasou os salários e nós fizemos uma ocupação no hall da Reitoria. O problema foi solucionado e agora a RC voltou a atrasar os salários e os benefícios. A universidade alega estar em dia com a empresa que não repassa os vencimentos. Só que a UFS lava as mãos e isso dificulta”, lamenta Lucas Gama preocupado como fica a situação dos 53 trabalhadores caso a universidade rescinda o contrato com a RC.

Djalma Arruda: "A empresa já foi notificada"

O prefeito do Campus da Universidade Federal de Sergipe, Djalma Arruda informou que a empresa já foi notificada. “A empresa já foi advertida, notificada e amanhã a diretoria estará aqui para uma reunião a partir das 8h na Didática VI com a finalidade de solucionar o problema. Os salários que estavam atrasados já foram pagos, restando apenas os vales-transportes em atraso há 15 dias e os vales-alimentação, atrasados há dois meses. A Universidade está fazendo todos os esforços para solucionar o problema. Quero ressaltar que o dono da empresa morreu e os herdeiros estão tentando administrar. Das empresas que prestam serviços à instituição, a RC é a mais antiga", enfatiza o prefeito do Campus Universitário.

Por Aldaci de Souza