UFS anuncia criação de cotas trans para cursos de graduação

As vagas serão supranumerárias, ou seja, acima do número de vagas estabelecido por turno de cada curso

(Foto: Adilson Andrade/ Ascom UFS)

A Universidade Federal de Sergipe (Conepe/UFS) aprovou, nesta segunda-feira, 17, a criação de cotas afirmativas para pessoas trans em todos os cursos de graduação presenciais da instituição. As vagas serão disponibilizadas a partir do período letivo 2026.1.

A decisão, tomada pelo Conselho do Ensino, da Pesquisa e da Extensão, está amparada em parecer que aponta a medida como um instrumento normativo alinhado às políticas nacionais de inclusão, às orientações técnicas de entidades especializadas e aos princípios constitucionais de promoção da igualdade e de enfrentamento às discriminações baseadas em identidade de gênero.

Entre as definições aprovadas, está a criação de vagas supranumerárias — adicionadas ao total já ofertado em cada turno, sem reduzir a ampla concorrência nem interferir nas ações afirmativas já existentes. A relatora do parecer, professora Terezinha Leite, explicou que o modelo foi estruturado para ampliar o acesso sem comprometer a política vigente.

“A UFS está acompanhando todas as universidades com essa preocupação de dar acessibilidade e permanência às pessoas trans dentro da comunidade acadêmica. Então será uma vaga a mais por curso e para cada turno”.

A proposta também está integrada às iniciativas de permanência estudantil da universidade, como destacou a vice-reitora Silvana Bretas. “A Universidade Federal de Sergipe agora cumpre também esse princípio democrático de oferecer vagas às pessoas trans. Além disso, também estamos implementando políticas para garantir permanência desses estudantes, para que eles possam não somente entrar, mas concluir o curso”.

Para a Pró-Reitora de Graduação, a adoção das cotas representa um passo importante na pluralização do ambiente acadêmico e no fortalecimento das produções de ensino, pesquisa e extensão. “É um avanço. A gente traz pluralidade para a universidade, não só para discutir a questão de diversidade de gênero, mas para ser realmente agente de todas as áreas do conhecimento, podendo dar contribuição no ensino, na pesquisa e na extensão com esse olhar mais diversificado”.

Com informações da UFS

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