Barracas continuam em frente a Didática I da UFS (Fotos: Portal Infonet) |
Os estudantes que ocupam há uma semana um dos prédios da Universidade Federal de Sergipe (UFS) desconhecem oficialmente qualquer prazo ou ordem do Ministério da Educação (MEC) para que liberem o local. O Ministério comunicou, por meio do seu site, que as escolas e instituições que estão sob ocupação estudantil precisam ser liberadas até o final desta segunda-feira, 31, para que não atrapalhe a realização do Exame Nacional Ensino Médio (Enem), que ocorre no próximo fim de semana.
A comissão de comunicação da Ocupação na UFS, apesar de não ter sido notificada, diz que já ouviu boatos sobre o assunto e que os veem como maneiras de tentar ‘enfraquecer’ a mobilização dos universitários. “É mais uma forma do Governo de tentar desmobilizar as ocupações que ocorrem em todo o país”, entende a estudante Tácita Mykaelly.
Para o estudante Paulo Lopes, apesar da intenção de persistir com a ocupação, os universitários mobilizados não querem prejudicar os alunos que vão realizar as provas do Enem. “De nenhuma forma o intuito aqui é prejudicar os alunos que vão fazer o Enem. Se for o caso do MEC precisar do espaço, a gente pode entrar em consenso com o pessoal da organização, liberar o prédio e retornar a ocupação após as provas ou até mesmo realocá-las para outro prédio”, considerou o estudante.
Comissão de comunicação da Ocupação não foi notificada pelo MEC |
O vice-reitor da UFS, André Maurício, afirmou que não houve nenhum contato do MEC ou outro órgão a respeito da ocupação dos estudantes. Maurício acrescentou ainda que seria possível deslocar a realização das provas do Enem para outros prédios, de forma com que não conflitasse com a ocupação dos estudantes. A UFS aguardará ao longo da semana as instruções do MEC com respeito ao Enem.
Ocupação
Uma semana após o início da ocupação, os estudantes na UFS seguem dispostos a permanecer no local e até mesmo expandir o movimento para outros prédios da Universidade. Nesta terça-feira, os ocupantes se unirão ao ato dos servidores da UFS, que também estão em mobilização contra a tramitação da PEC 241 – que prevê limite nos gastos públicos por um período de até 20 anos.
Professores da UFS também fazem parte da ocupação, caso de Rosângela Machado e Sônia Meire. “O Brasil inteiro está em processo de resistência e luta contra os ataques do Governo com a PEC 241 e a Medida Provisória do Ensino Médio. As ocupações estão acontecendo em universidades, institutos e escolas públicas e além de lutar contra essas medidas do Governo Federal, cobram também dos Governos Municipais a questão do transporte escolar”, afirmou a professora.
Professores que apoiam mobilização acreditam que a luta deve persistir |
Por Ícaro Novaes e Verlane Estácio
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