União Sergipana de Estudantes Secundarista abre semana dos Estudantes

Campanha abre a semana dos estudantes (Fotos: Portal Infonet)

A União Sergipana de Estudantes Secundarista (Uses) abriu a semana do estudante com uma atividade de caráter social. Com a participação de mais de 800 estudantes da rede pública, a atividade teve início nesta segunda-feira, 9, com debates e palestras acerca dos malefícios das drogas.

“A escola é o maior foco de aglomeração de jovens e pensando dessa forma, estamos buscando alternativas para que esses estudantes participem e possam, através dos relatos dos outros e dos próprios relatos, mudar a visão acerca do crack, que tanto tem destruído famílias”, ressalta o presidente da Uses, Abi Custódio.

Presidente da UBES, Caio Pinheiro

Durante as atividades do primeiro dia, o evento contou ainda com a participação do Diretor Nacional de Políticas Educacionais da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), Caio Pinheiro, além do agente de polícia e coordenador de Prevenção e Reinserção Social do Departamento de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil, Genivaldo Nascimento.

Ubes

De acordo com Caio a finalidade das palestras é aproximar o estudante e concientizá-lo dos perigos que o uso de entorpecentes podem causar. “Estamos apostando em atividades do passado, sem recursos tecnológicos. Acreditamos que o melhor é essa conversa, essa participação, essa vivência dentro da escola. O diálogo e os relatos podem transformar os jovens”, pontua .

Agente e coordenador de prevenção e reinserção social do Denarc, Genivaldo Nascimento

Caio ainda relatou que o trabalho iniciado nesta segunda-feira já vem sendo feito em outros Estados. “Estive acompanhando algumas mobilizações estudantis em outros estados, e tenho notado que as palestras de combate às drogas tem surtido efeitos positivos”, destaca.

Denarc

Para o Coordenador do Denarc é preciso muito trabalho de conscientização dentro das Escolas e na comunidade. “Para que exista uma mudança de comportamento precisa existir, primeiro, uma mudança de consciência, mas o trabalho já vem surtindo efeitos positivos” salienta Genivaldo Nascimento.

Estudante Fernando Vieira

O agente ressaltou ainda que qualquer iniciativa no sentido de combater às drogas deve ser considerada positiva. “Testemunhos e relatos de ex-usuários motivam cada dia mais o nosso trabalho. Estamos levando para dentro das escolas vídeos com depoimento, amostras de todo tipo de droga e trabalhamos diversas abordagens”, explica Genivaldo.

Políticas públicas

De acordo com o organizador do evento, Abi Custódio, a Uses vai preparar um documento propondo aos representantes do governo que seja criada uma política de Educação de combate ao crack. “Vamos procurar a primeira dama, além de representantes da assembléia, porque é de fundamental importância se pensar em uma política pública de combate”, explica Abi.

Estudantes

Estudante Davi Batista, à direita, e Michel de Jesus

Para os estudantes que assistiram as palestras da manhã e que participam do evento durante a tarde, a iniciativa é positiva.” É maravilhoso participar dessa coisas, porque a gente pode sentir de perto os efeitos negativos das drogas”, revela Fernando Vieira Santos, 16 anos, estudante da 7° série do colégio Governador Valadares.

Já para os estudante do Centro de Excelência Ministro Marco Maciel, Davi Batista, 16 anos e Michel de Jesus Gama também de 16 anos, atividades diferenciadas dentro da escola atraem muitos alunos. “A gente estuda pela manhã, mas quando tem alguma coisa assim eu e meus amigos preferimos voltar aqui no turno da tarde, porque pelo menos não estamos nas ruas aprendendo as coisas erradas”, comenta Davi.

Diretor da escola Marco Maciel Elton Mota, à esquerda

Escola

De acordo com o diretor do Centro de Excelência Ministro Marco Maciel, Elton Mota, a educação e a principal arma contra as drogas. “Se os jovens têm acesso a uma educação real, o contato com qualquer tipo de droga fica mais distante. O conhecimento está ligado a educação então o que falta para os jovens é o conhecimento a cerca de determinados assuntos, a exemplo das drogas”, finaliza.

 

 

Por Alcione Martins e Raquel Almeida