Vereador: “greve dos professores motivou crime”

Agamenon cria polêmica ao associar crime à greve dos prefessores (Foto: Arquivo Portal Infonet)

O vereador Agamenon Sobral (PP) comprou uma briga com os professores da rede pública ao considerar que o assassinato da adolescente Laísa Santos Andrade, 16, ocorrido no município de São Cristovão seria uma consequência da greve promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese). “Não estou responsabilizando os professores, mas digo que o crime foi consequência da greve”, disse.

A direção do Sintese reagiu na manhã desta sexta-feira, 14, mas não pretende ampliar a polêmica. Para o sindicalista Joel Almeida, diretor do Sintese, o parlamentar está desequilibrado e precisaria de tratamento específico. “Este vereador está doente. O que ele diz não tem relação lógica e ele precisa de tratamento”, comenta Almeida. “A Câmara Municipal de Aracaju precisa abrir o debate com ele e com os demais vereadores para saber qual o tipo de tratamento que deve ser dado ao parlamentar”, complementa Joel Almeida.

Apesar de classificar como agressivo o comportamento do parlamentar, Joel Almeida disse que não pretende polemizar e não vê necessidade do Sintese se posicionar oficialmente a respeito das declarações do vereador.  No entanto, segundo Joel Almeida, o assunto será debatido internamente entre os dirigentes do sindicato.

Joel Almeida: vereador está doente

Para o parlamentar, o crime aconteceu no horário em que a adolescente deveria estar em sala de aula. “Se não tivesse a greve, a adolescente estaria na sala de aula e o crime não teria ocorrido”, comenta. E, rebatendo os comentários de Joel Almeida, o vereador observou que a doença está nos professores que não têm outra preocupação senão com o patamar salarial. “A classe vem prejudicando o povo há muito tempo, se eles acham que estão ganhando pouco que deixem o serviço público”.

Agamenon Sobral é o mesmo que agrediu verbalmente o jornalista Ivan Valença na quinta-feira, 13, taxando-o de mentiroso.

Por Cássia Santana