Vestibular para campus da UFS em Lagarto deve ocorrer em julho

Área do campus ocupará terreno de 387 mil m²; projetos estão em finalização
Mesmo sem data definida, a previsão é de que o vestibular da Universidade Federal de Sergipe (UFS) para o Campus de Ciências da Saúde de Lagarto, no interior do Estado, ocorra no mês de julho. Criado em junho do ano passado, o novo pólo de ensino da instituição ofertará 400 vagas anuais para os cursos de Medicina, Odontologia, Enfermagem, Nutrição, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Farmácia e Terapia Ocupacional. Estima-se para agosto o início das aulas.

De acordo com o coordenador executivo do campus, Luiz Marcos de Oliveira, a confirmação dos dias de prova depende do fim das obras no local onde o campus funcionará provisoriamente. O colégio estadual Abelardo Romero Dantas, cedido pela Secretaria de Estado da Educação (Seed), será reformado para receber os novos estudantes. “Estamos trabalhando para viabilizar essa estrutura enquanto não terminam as obras de construção da sede”, avisa.

Luiz Marcos diz que previsão é que vestibular ocorra em julho

Os universitários ficarão utilizando a sede provisória por dois anos, prazo para que as instalações definitivas fiquem prontas. Na construção do campus serão investidos aproximadamente R$ 55 milhões, divididos entre os Governos Federal e Estadual.

A reforma, segundo ele, foi pensada de modo a não repetir os problemas enfrentados pelos alunos de Laranjeiras, pelo menos em termos de estrutura.

Apesar de o primeiro processo seletivo para o campus ocorrer no meio do ano, da mesma maneira que ocorreu com o campus de Itabaiana à época de sua instalação, o coordenador do campus lagartense diz que posteriormente as provas ocorrerão ao mesmo tempo, acompanhando o cronograma dos outros campi. As vagas também serão distribuídas pela política de cotas.

Integração à Comunidade

Outro fator determinante para o funcionamento do campus naquela cidade é a aprovação dos cursos pelo Ministério da Educação. Luiz Marcos explica que eles tiveram o projeto didático-pedagógico aprovado apenas pelo conselho da UFS. “Os de Odontologia e Medicina precisam, ainda, de aprovação pelo Conselho Nacional de Saúde”, acrescenta.

A interiorização do ensino na área de Saúde, explica Luiz Marcos, intenciona suprir uma demanda antiga que é realidade em toda a região Nordeste: o número de profissionais fixos nas cidades do interior. Em Lagarto, por exemplo, de acordo com dados do Relatório de Gestão da UFS, a relação entre profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) é de 2,7 para cada mil indivíduos; em todo o Estado essa relação sobe para 216,7 para cada mil habitantes.

Essa modalidade de ensino é baseada no sistema de Aprendizagem Baseada em Problemas (ou Problem Based Learning, em inglês), modelo que propõe a integração do ensino com a população, apontado como uma tendência mundial.

“Por isso vamos articular o ensino com os serviços da rede de saúde, de forma que o aprendizado se baseie na realidade local e que os profissionais atuem diretamente com essas comunidades”, diz o coordenador do campus.

Por Diógenes de Souza e Raquel Almeida

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