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Vigilantes ocupam prédio da SEED (Fotos: Cássia Santana / Portal Infonet) |
Foi apenas um protesto com participação dos vigilantes de escolas públicas, a manifestação realizada na manhã desta segunda-feira, 30, na porta da sede da Secretaria de Estado da Educação (SEED), conforme adverte o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nos Serviços Público do Estado de Sergipe (Sintrase), Waldir Rodrigues.
Poucos vigilantes participaram do protesto. Segundo informou o presidente do Sintrase, aderiu à manifestação apenas os vigilantes que estavam folgando na manhã desta segunda-feira, 30. O sindicalista Waldir Rodrigues garante que não houve paralisação das atividades, mas ele não descarta esta possibilidade, diante do elevado grau de insatisfação dos vigilantes de escolas.
Waldir Rodrigues denuncia que há um tratamento desumano por parte da Secretaria de Estado da Educação, que vem sobrecarregando o funcionário que desempenha a função de vigilante nas escolas públicas da rede estadual. “Sabe quantas horas semanais um vigilante trabalha?”, interroga o sindicalista. Ele próprio dá a resposta: 48 horas. “Belivaldo (Chagas, o secretário da Educação) é um caloteiro. Os vigilantes fazem hora extra e não recebem. Estão sem receber o pagamento de hora extra há mais de um ano”, denuncia.
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Adesão restrita aos vigilantes de folga, segundo Sintrase |
Além do pagamento das horas extras trabalhadas e da jornada de 30 horas semanais, o Sintrase pleiteia a exoneração do gestor da Segurança Escolar, Roberto Sampaio. Para o sindicalista Waldir Rodrigues, o gestor age de forma “prepotente e arrogante”. O sindicalista garante que Sampaio não é preparado para exercer o cargo.
O gestor Roberto Sampaio reage às críticas do sindicato com tranquilidade e garante que apenas tem atuado com ética para moralizar o serviço público. “Quando assumi este cargo, encontrei vigilantes que trabalhavam 90 horas e até 120 horas semanais, enquanto outros trabalhavam apenas quatro dias no mês”, diz. “E o que fizemos? Instituímos uma escala única”, justifica. “Eles faltavam muito ao serviço e começamos a descontar as faltas, isto tem incomodado a alguns”, ressaltou.
Na avaliação do gestor, de um universo de cerca de 1.700 vigilantes, a insatisfação está restrita a algo em torno de 20 ou 30 profissionais. “Não é mais que isso. É um número pequeno diante do efetivo de vigilantes que temos nas escolas”, comenta. “Estaria preocupado se eu tivesse cometido algum ato de improbidade administrativa, mas eu apenas estou sendo ético e justo. Os que protestam são justamente aqueles que gozavam dos privilégios que cortamos", argumenta Sampaio. "Mas a grande maioria é formada por pessoas trabalhadoras e cumprem com o dever", complementa.
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Sampaio: escala única para vigilantes |
Na manhã desta segunda-feira, 30, os vigilantes começaram o protesto com faixas na porta da SEED e logo depois tomaram o prédio. O secretário Belivaldo Chagas se ausentou da SEED porque estava com compromisso marcado com a Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, justamente para dar explicações sobre as propostas do Governo para os professores da rede estadual, que estão em greve. A Assessoria de Comunicação da SEED informou ao Portal Infonet que o secretário os receberia em audiência ainda hoje no Gabinete, mas o grupo se dispersou antes de Belivaldo retornar da Assembleia Legislativa.
Ao Portal Infonet, a Assessoria de Comunicação da SEED encaminhou nota sobre a manifestação dos vigilantes realizada na manhã desta segunda-feira, 30, na porta da secretaria. Na nota, o secretário Belivaldo Chagas afirma estar aberto ao diálogo com as entidades representativas dos servidores da SEED, “desde que seja dentro de um ambiente de respeito e consideração, a exemplo do que está ocorrendo com o Sintese”.
Informa ainda que a Secretaria de Educação vem cumprindo a carga horária dos vigilantes estabelecida pelo edital do concurso e que aqueles que estão trabalhando duas horas a mais são remunerados com hora extra. “É importante esclarecer que nenhum vigilante é obrigado a fazer hora extra. Para o funcionário que aceita é firmado um termo de compromisso e nós procedemos o pagamento depois de o processo passar pela procuradoria jurídica” , frisa o secretário.
Por Cássia Santana
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