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Em protesto, vigilantes bloqueiam acesso à UFS (Fotos: Portal Infonet) |
Os vigilantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS) decidiram bloquear a entrada de carros ao campus na tarde desta quinta-feira, 26. Eles já estão com as atividades paralisadas desde a manhã de hoje e garantem que só vão retornar o trabalho no momento em que a situação financeira da categoria estiver regularizada. Mais de duzentos funcionários aderiram a paralisação.
Quem precisou ir à UFS nestas tarde e noite, teve que deixar o carro do lado de fora e entrar a pé no campus. Foi a forma encontrada pelos 230 vigilantes para colocar em prática o protesto pelos salários e direitos atrasados.
O representante do Sindicato dos Vigilantes de Sergipe (Sindivigilante), Genilson Pereira, esteve presente no ato dos funcionários e fala que o sindicato está para apoiar a causa. “Estamos cansados de ouvir promessas. A categoria que está aqui prestando serviço à universidade está sofrendo há dois anos”, disse o presidente.
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O representante do Sindicato dos Vigilantes de Sergipe (Sindivigilante), Genilson Pereira, esteve presente no ato dos funcionários
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Segundo Genilson, nesta quinta-feira uma reunião entre a UFS e a empresa Rima, terceirizada responsável pelos vigilantes, estava marcada para as 14h, mas nada aconteceu. “Por isso, o sindicato tomou a decisão de fechar a entrada da universidade. Para chamar a atenção”, fala.
Os vigilantes falam em tempo indeterminado para o fim da paralisação. Eles exigem que sejam colocados em dia os salários, vale-alimentação e vale-transporte atrasados, e pedem que que o curso de reciclagem dos vigilantes, que deveria ocorrer a cada dois anos, volte a ser realizado.
Para o representante do Sindivigilante, a situação dos vigilantes é responsabilidade tanto da Rima quanto da UFS. “Há dois anos, nós enviamos ofícios mostrando as irregularidades da empresa para a UFS e nada mudou. Então, eu acho que a universidade tem uma parcela de culpa também”, fala.
Josias Pereira Alex trabalha como vigilante da universidade há dois anos e fala que a situação já existe desde 2013. “A gente está tirando do próprio bolso para vir trabalhar. A UFS não toma providências. Sou pai de família, tenho três filhas. É um constrangimento”, falou o funcionário.
UFS e Rima
O superintendente de Infraestrutura da UFS, Antônio Américo Cardoso, informou que não daria informações por telefone e orientou que a equipe de reportagem enviasse os questionamentos via e-mail. O Portal Infonet enviou o e-mail, mas até o fechamento desta matéria nenhuma resposta foi recebida.
O Portal Infonet também entrou em contato com a empresa Rima, mas não obteve êxito. A equipe de reportagem continua à disposição dos envolvidos através do email jornalismo@infonet.com.br e do telefone (79) 2106 8000.
Por Helena Sader e Verlane Estácio
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