Vigilantes realizam ato na Secretaria de Educação

Vigilantes durante o ato na porta da Seed na manhã desta seguna, 15 (Fotos: Portal Infonet)

A paralisação de 24 horas dos vigilantes da Secretaria de Estado da Educação está confirmada para esta terça-feira, 16, com manifestação prevista para às 7h na porta do Colégio Atheneu Sergipense. Na manhã desta segunda-feira, 15, sete trabalhadores se anteciparam e resolveram fazer um ato na porta da Seed, solicitando a saída do gestor de segurança da Seed, Roberto Sampaio, por estarem sendo “perseguidos”.

Segundo Rogério dos Santos, no primeiro dia após as eleições, Roberto Sampaio tentou fazer a remoção de três vigilantes. “Isso por pura perseguição tanto aos vigilantes das escolas quanto aos da própria Seed. Os trabalhadores estão sofrendo assédio moral há muito tempo. Para se ter uma ideia, até mesmo nesta manifestação de hoje (15), ele nos impediu por meio de um vigilante, de afixar os cartazes que pediam a sua saída em virtude do autoritarismo. E esse mesmo vigilante foi removido antes do término do estado probatório, da DR8 para a DEA”, ressalta o vigilante Rogério dos Santos.

Rogério e Júnior falam sobre "perseguições"

Ele lembrou ainda que a categoria está lutando pela redução da carga horária, de 150 horas para 120 horas igual ao que cumprem os demais servidores públicos. “E também estamos reivindicando periculosidade e o aumento do efetivo, pois estão faltando vigilantes e os que tem, estão sendo removidos por Roberto Sampaio, das escolas para a Seed”, afirma.

O vigilante José Ferreira Júnior completou que a fiscalização dos trabalhadores está sendo feita por profissionais não capacitados. “Eles têm como único objetivo colocar falta nos vigilantes das escolas. Sendo assim, somos os únicos funcionários públicos forçados a assinar dois pontos”, lamenta.

Contraponto

Procurado pela reportagem do Portal Infonet, o gestor de Segurança da Seed, esclareceu não existe qualquer tipo de perseguição e que as reclamações contra o seu trabalho começaram quando os faltosos começaram a perceber os descontos nos vencimentos.

Roberto Sampaio: "Para ser ético, paga caro"

“Eu trabalho com quase 500 vigilantes e pelo número reduzido de manifestantes dá para notar que não sou perseguidor ou terrorista como estão me chamando. De janeiro até setembro deste ano, foram quatro mil 142 faltas. Não posso permitir que as pessoas faltem ao trabalho e recebam igual aos que trabalharam o mês inteiro. São setores isolados que estão me criticando”, destaca.

Roberto Sampaio lembrou estar ocupando Cargo de Confiança na Secretaria de Educação. “Eu sou um Cargo de Confiança e tenho certeza que jamais o secretário Belivaldo Chagas iria permitir que eu agisse com truculência. Não pedi para vir para a Educação, fui convidado e não tenho nenhum poder de transferir ninguém. Infelizmente hoje no serviço público, você ser ético, paga caro. Não saio da minha casa com a intenção de prejudicar ninguém, mas até mesmo um facebook contra mim já fizeram. E todas as críticas estão partindo de um auxiliar que era da minha confiança e hoje é um desafeto”, desabafa acrescentando que existe na Seed, um setor de Ouvidoria e sindicância, mas que não existe qualquer denúncia contra o seu trabalho.

O gestor de segurança da Seed disse ainda: "Eu entendo que as reivindicações da categoria são justas, quanto a questão da carga horária, pois trabalham 150 horas e recebem igual a quem trabalha 120 horas, mas não admito que setores isolados me tratem como terrorista e perseguidor", diz.

Por Aldaci de Souza