O advogado do Sergipe, bacharel Álvaro Fraga, ainda não se convenceu de que o Santos vai ser absolvido pelo STJD, por ter escalado o zagueiro Domingos, expulso com o Grêmio pela Série B do ano passado, na estréia da Copa do Brasil. Para o representante da equipe nordestina, o parecer do procurador-geral da entidade, Paulo Schmidt, não quer dizer nada.
“Procurador não arquiva nada. Ele emite parecer. Se o Tribunal não entender que essa é a decisão a ser tomada, ele pode nomear outro procurador para o caso. Falei hoje (quarta-feira) com o STJD, às 13h30, e não existe nada decidido ainda. O processo ainda nem retornou da procuradoria”, argumentou o advogado do Sergipe.
Em tudo o que disse, Álvaro Fraga tem razão, como constatou o próprio procurador-geral do STJD, Paulo Schmidt. “Eu estou finalizado o parecer, ainda não emiti, mas vai ser pelo arquivamento”, reforçou, lembrando que o Tribunal pode, sim, desacatar sua decisão. “Acho muito difícil isso acontecer, mas, em todo caso, é bom aguardar”, concluiu.
Ratificada ou não, a decisão de Paulo Schmidt não escapou da indignação do advogado do Sergipe que vem acompanhando a resolução do caso pela GE.Net. “Eu li no site que às 17h48 de ontem (terça-feira) ele disse que o caso era delicado. No mesmo dia, às 18h29, ele já decide pelo arquivamento. É muito estranho isso. A lei é para todos e eu acredito na Justiça. Ou será que o Santos é um peixe tão grande assim?”, comentou, inconformado.
Fraga acha um absurdo o fato de a culpa sobre a escalação de Domingos na primeira partida da Copa do Brasil cair nos ombros da CBF. Segundo o Santos, o clube não foi informado pela entidade que o atleta não poderia estar em campo e, logo, não poderia ser responsabilizado pela irregularidade. “Como a culpada é a CBF? É o Santos quem escala. Isso não pode acontecer. Nós estamos em uma época que a imoralidade tem que ser combatida”, revoltou-se.
No ano passado, o Hermann Aichinger foi eliminado da Copa do Brasil por motivo semelhante ao imbróglio envolvendo Domingos. O jogador Fabrício Dias foi utilizado pela equipe catarinense contra o Ituano, mesmo tendo sido expulso em uma partida válida pela Série C do Campeonato Brasileiro. O time de Ibirama, no entanto, assume a culpa pelo ocorrido e considera justa a desclassificação.
“Nós entendemos que o erro foi do Atlético mesmo. Foi uma falha de um diretor que estava aqui na época. Ele (Fabrício Dias) jogou uma partida da Série C, foi expulso, e a diretoria entendeu que ele tinha que cumprir esse jogo na Série C. A CBF não entendeu assim, o clube perdeu seis pontos e foi eliminado”, contou o atual diretor de futebol do Hermann Aichinger, Jucélio Kresh.
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