Balanço da 16ª rodada do Futebol Sergipano

No futebol, não há nada como um clássico (foto: Arquivo Infonet)

Um torneio demasiado longo para o atual realidade do futebol sergipano. Um balanço básico dos públicos e rendas mostra que o Campeonato Sergipano não pode, de forma algum, continuar elaborando regulamentos injustificáveis. Foram 18 longas rodadas com jogos chatíssimos, públicos pífios e pouco a apresentar.

Chegamos à última rodada com a primeira grande emoção do toneio. Cinco times da linha de frente tentando "escolher" sua semifinal, com duas vagas disputadas por três equipes. Mas, para além do que acontecerá no domingo, dia 5, o que mais teve de emocionante no torneio? Só os clássicos, nada mais.

Esses sim, jogos maravilhosos de ver. Independente da qualidade técnica das equipes – que é normal cair ainda mais em jogos tensos – os clássicos desse Sergipão foram muito bons, como sempre. Confiança e Sergipe se enfrentaram duas vezes em jogos belíssimos, disputados e brigados como todo clássico deve ser.

Até o Itabaiana, na atual situação deplorável de correr risco de rebaixamento (só a última rodada vai dizer), fez valer a história da camisa tricolor quando enfrentou seus grandes rivais de azul e vermelho. Foram belos jogos.

Mas todos os outros 16 jogos, fora os clássicos… Convenhamos. Bastava pesquisar os regulamentos dos outros tantos estaduais do Brasil para criar um consenso entre os menos e maiores clubes. No Pará, o clássico entre Remo e Paysandu aconteceu 6 vezes, e todos os menores clubes tiveram oportunidades de enfrentar os grandes do estado.

Aqui a lógica se inverte. Clubes que não tem nem 100 torcedores forçam um regulamento que asfixia as torcidas dos maiores, que não vão se predispor a assistir uma partida que não vale praticamente nada para um campeonato tão longo. É ruim para todo mundo.

Mesmo os profissionais desses clubes, alguns bons e promissores atletas são prejudicados, com o número de viagens e de partidas por semana, sem visibilidade alguma. Foram diversos jogos com públicos que não passavam de 50 torcedores.

Por Irlan Simões