Campinas, SP, 09 (AFI) – O Brasil parou na lanterna Bolívia ao empatarem por 1 a 1 na tarde deste domingo, no Estádio Hernando Siles, em La Paz, pela penúltima rodada das Eliminatórias Sul-americanas para a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha. A Seleção Brasileira, que já garantiu a vaga, somou 31 pontos e continuou na segunda colocação e a Bolívia seguiu em décimo lugar, com 14 pontos.
O resultado praticamente garante à Argentina a primeira colocação. O time tem 31 pontos e uma vitória a mais que o Brasil. Além disso, enfrenta o Peru, em Buenos Aires, neste domingo e o Uruguai, em Montevidéu, na próxima quarta-feira.
Sem muitos titulares, como Kaká, Roberto Carlos, Cafu, Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo, o Brasil não conseguiu mostrar um grande futebol. Em ritmo mais cadenciado, pela altitude da cidade, o Brasil foi pouco ameaçado mas também não conseguiu impor sua técnica.
O gol de abertura foi marcado por Juninho Pernambucano, cobrando falta na metade do primeiro tempo e marcando um belo gol. Mas, o técnico da Bolívia alterou bem o time no intervalo e o empate surgiu logo no começo da etapa final.
Na gaveta
O jogo começou em ritmo lento, com o Brasil evitando o desgaste na altitude de La Paz, como pretendia o técnico Carlos Alberto Parreira. Mas, nem a Bolívia conseguia forçar e provocava correria para a defesa brasileira. A disputava era bem equilibrada e a Seleção Brasileira buscava romper a defesa adversária na habilidade.
E, foi assim, que saiu o primeiro gol, aos 24 minuto. Juninho Pernambucano cobrou falta com maestria, de pé direito, e colocou a bola no ângulo esquerdo, abrindo o placar para o Brasil. A partir daí a partida melhorou e as chances começaram a ser criadas para ambos os lados.
A Bolívia quase empatou por dois momentos, mas Júlio César fez grandes defesas. Aos 31, em cabeçada a queima-roupa e a Segunda em forte chute de fora da área.
A resposta brasileira veio em jogadas de escanteios pela direita. Aos 35, Adriano cabeceou e a bola passou perto pela direita da trave. Aos 38, Roque Júnior foi quem cabeceou em lance parecido e a bola passou perto novamente da mesma trave. Ricardinho ainda tentou ao chutar de fora da área no minuto final mas o goleiro Arias encaixou firme.
“Sempre que conseguimos colocar a bola no chão, criamos boas chances. Vamos tentar fazer mais isso”, analisou Juninho, autor do gol brasileiro, ao sair para o intervalo.
Na mosca
O técnico Ovídio Messa modificou a equipe da Bolívia para o segundo tempo, colocando Pachi e Castillo nos lugares de Gutiérrez e Hoyos e foi muito bem sucedido. Aos 4 minutos. Pachi iniciou jogada pela direita, erguendo a bola na área para Botero, que desviou de cabeça para Castillo chutar forte de primeira da linha da pequena área e empatar o jogo.
O Brasil atacava pouco e a Bolívia conseguia tocar a bola com mais facilidade e ameaçava mais o gol brasileiro, principalmente em chutes de longe e bolas levantadas na área, na maior parte das vezes com velocidade. Aos 13, foi a vez de Parreira fazer duas alterações de uma só vez: Gustavo Nery em lugar de Gilberto e o meia Alex no lugar de Renato.
O primeiro lance de gol para o Brasil, contudo, só iria acontecer muito tempo depois, aos 29 minutos. Após boa troca de passes entre Alex, Ricardinho e Adriano, o centroavante entrou na área pela esquerda e chutou forte, uma de suas principais características, e a bola passou sobre o gol. Dois minutos depois, foi Robinho quem chutou pela direita da área e, de novo, a bola passou por cima da meta. A Seleção melhorou na parte final da partida e a Bolívia diminuiu a velocidade de suas avançadas. A melhora do Brasil não foi suficiente para uma pressão maior e nem para a marcação do gol da vitória.
Próxima rodada
O Brasil enfrenta a Venezuela na próxima quarta-feira (11/10), no Estádio Mangueirão, em Belém e a Bolívia joga contra o Peru, fora de casa, na quinta-feira (12/10).
Ficha Técnica
Bolívia 1 x 1 Brasil
Local: Estádio Hernando Siles, em La Paz – Bolívia
Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Cartões Amarelos: Gutiérrez, Cristaldo, Raldez (Bolívia); Roque Júnior (Brasil)
Gols: Castillo aos 4’/2T (Bolívia); Juninho Pernambucano aos 24’/1T (Brasil)
Bolívia
Arias; Vaca, Raldez, Jáuregui e Hoyos (Castillo); Angulo, Cristaldo, Baldivieso e Galindo; Gutiérrez (Pachi) e Botero (Paz).
Técnico: Ovídio Messa
Brasil
Júlio César; Cicinho, Luisão, Roque Júnior e Gilberto (Gustavo Nery); Gilberto Silva, Renato (Alex), Juninho Pernambucano (Júlio Baptista) e Ricardinho; Adriano e Robinho.
Técnico: Carlos Alberto Parreira
(Agência Futebol Interior)