Brasil x Dinamarca: brasileiros mostram otimismo

Maria Emília, de azul, e família: 2 a 1 pro Brasil (Fotos: Igor Matheus/ Portal Infonet)

A poucas horas do jogo que vai definir o destino do futebol brasileiro masculino nas Olimpíadas – e, em caso de fracasso, até mesmo nos próximos anos -, a torcida brasileira chega devagar à Arena Fonte Nova. Casais, famílias inteiras, crianças e jovens vão buscando ânimo para aturar a partida preliminar entre Japão e Suécia e boa parte deles, apesar da apreensão, acredita que a seleção canarinho vai vencer a Dinamarca.

Um deles é o casal de mineiros Roberto e Mylena Alves, que é daqueles que combina nos resultados: para ambos, o Brasil de Rogério Micale e Neymar ganhará por 2 a 1. “Se jogarem com raça, com vontade, acho que o resultado vem. Isso é bem do futebol”, sentenciou Roberto. Acompanhada da avó Regina Andrade, a baiana Laise Bezerra também crê no 2 a 1 e acha que a crise da seleção é normal.

“Todo time passa por isso. O que não podemos é deixar de incentivar o time”. Laise também acredita que a torcida nordestina irá contribuir mais para o ânimo da seleção. “O Nordeste é muito discriminado, mas sabe se unir quando é preciso. Sabemos receber e acolher”, disse. E no meio da conversa, a vovó mandou seu palpite. “Vai ser 3 a 1 pro Brasil e o primeiro gol vai ser de Neymar. Só vim por causa dele!”.

Cristiano, à esquerda, e família: Brasil vence hoje, mas não chega ao ouro

A também baiana Maria Emília, que compareceu com uma verdadeira tropa de familiares, é outra que acredita na força da torcida local. “A torcida nordestina é mais animada”, ressaltou a torcedora, que também acredita no 2 a 1. Quem revelou mais apreensão foi o pernambucano Cristiano Afonso. Apesar de palpitar por um 2 a 0 a favor dos brasileiros, o torcedor fez ressalvas.

“Temos muito o que melhorar. Não é um time, é um bando. E acho que parte da culpa é da imprensa, que endeusa demais esses caras. Acredito que iremos vencer e nos classificar para a próxima fase, mas não sei quanto ao ouro. Acho que não dá”, reflete. E ele emenda: a crise atual poderia mudar sua decisão de ir à partida. “Se eu soubesse que o time ficaria assim na época que comprei o ingresso, acho que nem vinha”.

Por Igor Matheus
De Salvador-BA