Cafu briga pelo segundo título

YOKOHAMA, Japão, 28 jun (AFP) – O capitão do Brasil, Cafu, vai escrever mais um capítulo em sua vitoriosa carreira de 12 anos na seleção brasileira no próximo domingo, quando o Brasil enfrentará a Alemanha e ele se tornará o primeiro jogador da história a atuar em três finais de Copa do Mundo. Uma figura paternal para os jogadores mais jovens da seleção brasileira, o atleta de 32 anos assumiu o posto de capitão da equipe depois da contusão de Emerson e agora está pronto para liderar o Brasil rumo a glória. O técnico do Brasil, Luiz Felipe Scolari, é um dos maiores admiradores de Cafu. “A contribuição dele para o time tem sido extremamente importante,” afirmou Scolari sobre Cafu. “Ele faz com que todas as minhas instruções sejam cumpridas no campo”. “Ele tem realizado um trabalho bonito, o sacrifício e o trabalho dele são uma inspiração para os jogadores jovens. Ele é um dos pilares desta seleção brasileira.” Cafu estreou na seleção em 1990, em um amistoso contra a Espanha, e teve um início de carreira de muito sucesso no São Paulo, clube pelo qual conquistou duas Copas Libertadores da América e dois títulos mundiais Interclubes. Cafu estava no banco de reservas do Brasil na final da Copa de 1994, nos Estados Unidos, contra a Itália, mas entrou no jogo logo aos 21 minutos para substituir Jorginho, que se contundiu, e ajudou a seleção a conquistar seu quarto título mundial. Nos quatro anos seguintes se manteve como titular absoluto da lateral-direita do Brasil e disputou mais uma final de Copa em 1998, quando o Brasil perdeu de 3-0 para a França. O jogador do Roma (Itália) pretende se recuperar da derrota na final da Copa da França e conquistar o título, pois entrar para os livros de história no domingo será um prêmio de consolação insuficiente se o Brasil perder outra final. “Eu sei que é algo especial, e me dá um grande prazer porque me custou anos de trabalho duro”, respondeu Cafu ao ser perguntado sobre suas três finais. “Mas jogar a final três vezes não vai significar nada se chegarmos lá, não nos concentrarmos e perdermos.”