Capitã do Santos Dumont diz que clube não repassou auxílio da CBF

Equipe representa Sergipe na série A2 do Brasileirão Feminino (Foto: Reprodução/Instagram da equipe)

O anúncio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de que faria um aporte financeiro a clubes masculinos e femininos de menor porte e que disputam campeonatos nacionais, soou como um alívio para os atletas dessas equipes que não tinham perspectiva de recebimento de salários com a paralisação do futebol. Os recursos destinados pela CBF no último dia 7, conforme divulgado pela própria entidade, são equivalentes a duas folhas salariais dos clubes. O problema é que semanas após o repasse aos clubes, há atletas alegando que ainda não receberam o auxílio.

Capitã da equipe cobra destinação dos recursos para atletas

Em Sergipe, a equipe feminina do Santos Dumont, que disputa a série A2 do Campeonato Brasileiro Feminino, alega que está sem receber o auxílio. O clube recebeu o aporte de R$ 50 mil, mas segundo a capitã da equipe, Lígia Montalvão, num primeiro momento propôs apenas R$ 500 reais de auxílio para as atletas, proposta que subiu para R$ 1.000 em seguida, mas também foi recusada. Para Lígia, o valor total de R$ 50 mil deve ser dividido entre os 30 membros da equipe, que inclui atletas e comissão técnica.

“Se nós aceitássemos os mil reais, pelo menos R$ 20 mil ficaria nas mãos do presidente do clube. Para onde vai esse dinheiro? Nós sabemos que não vai ser investido no clube. O recurso da CBF veio para manter a folha salarial das atletas enquanto durar a paralisação”, explica Lígia.

O patrocinador do clube, Célio França, também utilizou suas redes sociais para criticar o presidente do Santos Dumont. Atualmente o elenco do Santos Dumont tem 8 atletas da Bahia, 5 de Alagoas, 1 de Roraima e o restante do interior sergipano. Com a paralisação das competições, todas estão treinando de casa. Conforme Lígia, algumas estão passando dificuldades. “Muitas já recebem pouco, basicamente uma ajuda de custo. Eu e o Célio procuramos ajudar algumas, mas essa situação precisa ser resolvida”, completa.

A última informação recebida dos dirigentes, segundo Lígia, é que a situação seria resolvida ainda nesta quarta-feira. Até o momento, a atleta disse que não teve resposta. Nossa reportagem tentou identificar o contato do presidente do clube, que é conhecido como Jó, mas não conseguimos informações. Encaminhamos também e-mail para a CBF questionando se há fiscalização da aplicação do recurso. Até a publicação desta matéria, o e-mail não havia sido respondido. Nossa reportagem permanece à disposição por meio do telefone (79) 99642-9640 ou e-mail jornalismo@infonet.com.br.

Por Ícaro Novaes

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