Célio França solicita licença de 65 dias

Depois de um clima de guerra, cercado de seguranças por todos os lados, o Conselho Deliberativo do Confiança acatou o pedido de licença do presidente Célio França pelo período de 65 dias, que coincide com as eleições para eleger a nova diretoria na segunda quinzena de janeiro de 2003. A reunião aconteceu ontem, à noite, na sede da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Sergipe (AEASE). A partir de hoje, Aricio Resende e Everton Araújo são as pessoas que vão responder pelo clube até realização das eleições. O primeiro será responsável pelas finanças e Everton Araújo da parte administrativa. O Conselho Fiscal deverá enviar as contas de Célio França referente ao ano de 2001 até o dia 26 deste mês. Compareceram a reunião 13 conselheiros: José Roberto Maia, Aurélio Aragão, Daniel Bispo, Everton Araújo, Aricio Resende, Regis Tadeu, Nefi Tales, Nairson Socorro, Ellinton Andrade, Geraldo Chagas Ramos, José Flávio e o próprio presidente Célio França. Apesar de estar se afastando do clube, França afirmou que jamais vai deixar de assistir os jogos do Confiança, pois antes de ser presidente sempre foi torcedor proletário. “Fiquei um ano e oito meses à frente do Dragão e nesse período consegui conquistar o bicampeonato”, disse França, ressaltando que na sua administração houve erros e acertos, mas se colocar na balança os acertos superaram os erros. “Estou me licenciando, entretanto a minha boca não será costurada”, afirmou. Um carro da rádio patrulha esteve no local da reunião porque recebeu uma denuncia de que no veículo de Célio França havia uma arma, mas ficou constatado de que essa informação não procedia. No final da reunião aconteceu um desentendimento entre Célio França e Aurélio Aragão. Depois de muitos xingamentos, este último chegou a tirar a camisa e chamou o presidente para brigar. Entretanto graças à intervenção de alguns conselheiros, os dois dirigentes não travaram uma luta corporal. Do lado de Célio França havia cinco seguranças prevenidos para qualquer emergência, enquanto que da oposição só tinha dois. Algumas pessoas estavam preocupadas com o possível confronto, mas a razão falou mais alto e todos saíram ilesos.