Com a palavra os dirigentes

Fim de jornada para o Futebol Sergipano. Com a derrota da Associação Desportiva Confiança no último sábado, mesmo que nos pênaltis para equipe do Vila Nova de Minas Gerais praticamente chega ao fim a temporada 2004 do nosso futebol, restando apenas mais 03 (três) rodadas da série “A2” que diga-se de passagem, apenas a rodada deste final de semana deverá ter um toque maior de emoção pois, a competição tem como meta principal classificar 02 (duas) equipes para Primeira Divisão em 2005, e esta será alcançada já neste sábado onde as equipes do Boca Junior de Cristinápolis e o América de Própria de certa forma aparecem como favoritas por tudo que fizeram durante todo o campeonato. As demais partidas servirão para indicar quem será o Campeão e o Vice, que por incrível que pareça neste tipo de competição passa a ser objetivo secundário. 

 

Nos últimos dias o que mais se ouviu falar foi exatamente sobre o futuro do nosso futebol. Infelizmente temos uma triste mania de não planejarmos e vivermos apenas para “Apagar Incêndios”. Muito se fala em trabalho de base mas, não podemos acreditar em trabalho sem planejamento e conseqüentemente sem objetivo. O trabalho voltado para formação de atletas para ter consistência e gerar bons frutos deverá ser planejado e executado por uma equipe multidisciplinar qualificada e capaz de  preparar sobre tudo o cidadão. Sabe-se que a carreira de atleta de futebol hoje é bastante cobiçada e ao mesmo tempo influenciável, por estes motivos os jovens atletas devem ser bem orientados para não correrem o risco de deixarem seus talentos serem engolidos por prazeres fúteis e passageiros, que por sinal, esta tem sido uma triste realidade no meio futebolístico.

 

Notadamente o futebolista já apresenta qualidades técnicas inatas, infelizmente alguns desavisados pensam que apenas o trabalho de aprimoramento destas qualidades por si só capacita o jovem à condição de atleta de alto nível. Aliás, o que temos visto por aí são aventureiros que por algum motivo caíram de pára-quedas em terrenos alheios e resolveram fazer uma aventura qualquer,  com isto, queimando o filme de quem realmente é do ramo. Já os profissionais qualificados na maioria das vezes são relegados a segundo plano pelos mais diversos motivos.

 

Aos nossos dirigentes cabe-nos estimulá-los para uma reflexão, já que na sua maioria são  homens bem sucedidos em seus negócios e profissões. A atual conjuntura econômica não tem dado fôlego à sociedade mas, todos estão sobrevivendo, o imediatismo com muita “criatividade” , como já dizia meus avós, “matando um leão a cada dia”. Será que esta é a melhor forma? E o futuro? Só pensa nele quem sonha mas, só quem sonha acordado, aquele sonho da noite não vale. O sonho que insistentemente estou mim referindo é o lógico, o óbvio, é o PLANEJAMENTO, e para se planejar é preciso pensar, raciocinar. Investimento não é despesa, nem tão pouco dinheiro que vai e não volta, e sim, é algo que tem retorno certo. Converse com quem entende, discuta, amadureça a idéia e vá em busca de parceiros, está na hora de darmos uma reviravolta em nosso futebol com novas e modernas idéias, investindo na formação e criando um calendário racional distribuído por todo ano, colocando em ação todas as categorias, inclusive as  femininas, só assim poderemos pensar em vôos mais altos e conquistar mais adeptos, chega de estádios vazios. Juntem-se, formem consórcios, sociedades, grupos, seja lá o nome que for, deixem a rivalidade para dentro do campo e vamos construir um futebol forte capaz de produzir valores para o seu próprio suprimento e até para exportar, porque não? Com a palavra os dirigentes.         

 

 

Por: Raniel de Jesus Pereira

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