Confiança procura explicações para baixo público

(foto: Igor Matheus/ Portal Infonet)

O Confiança se esforçou. Fez promoção, venda casada de ingressos, venda antecipada, mas não deu. Na última partida do time pela série D, na vitória contra o Globo-RN, a bilheteria do estádio Presidente Médici, em Itabaiana, registrou apenas 1423 pagantes – muito menos que os 2058 do último jogo que o Dragão havia feito em casa: goleada contra o Betim na semana anterior. Ao invés do tímido crescimento que vinha registrando partida a partida, o número de torcedores caiu. E a direção proletária, atônita, procura explicações.

Para o vice-presidente do clube, João Fonseca, a principal justificativa é a despesa de deslocamento de Aracaju a Itabaiana, fator que tem inibido vários torcedores a acompanhar o time. “Os custos de transporte, bebida, comida e ingresso fazem com que ir a Itabaiana não saia por menos de R$ 50. E isso com a promoção”, diz. O dirigente, entretanto, também ressalta a existência de outro problema.

“Pode estar havendo evasão de renda, com muitos torcedores entrando de graça, um privilégio restrito a sócios-torcedores. Mas já estamos analisando esse problema e devemos fazer uma fiscalização maior na próxima partida”, disse Fonseca. Ainda para o vice-presidente do Dragão, ainda não há novas estratégias de divulgação para a partida do Confiança contra o Vitória da Conquista no dia 8 de setembro. O jogo será o último compromisso do time sergipano na primeira fase da Série D. “Devemos ver esses detalhes na segunda-feira”.

Autor do primeiro gol do Confiança na vitória contra o Globo-RN, o meia Wallace Pernambucano disse reconhecer as dificuldades da torcida proletária para comparecer às partidas. “Sabemos que é difícil sair de Aracaju para Itabaiana. Muitos torcedores vivem de salário mínimo e têm de se virar com despesas de transporte. Se o jogo fosse em Aracaju, com certeza teríamos estádio lotado”.

Por Igor Matheus