Corrida para uma vida saudável e feliz

A vovó Dilma incentiva a pratica do esporte (Fotos: Portal Infonet)

Aos 62 anos, Maria Dilma, diz que a vida mudou após a corrida

Percorrer dezenas de quilômetros enfrentando vários obstáculos e superando os limites. Para muitos corredores o esporte representa muito além de uma competição. A corrida é um verdadeiro estilo de vida. Para entender um pouco dessa filosofia, a equipe do Portal Infonet esteve na manhã deste domingo, 21, na 3ª edição da Corrida dos Bancários. O evento foi realizado em frente ao Clube do Banese, no bairro Coroa do Meio.

Para o diretor de Esporte e Cultura do SEEB/SE, Adilson de Azevedo, a Corrida dos Bancários superou a expectativa. “O número de atletas profissionais e de associados inscritos superou as nossas expectativas. Esta competição será tão bem sucedida quanto às outras competições. E como cada edição tem a sua dinâmica própria, este ano, estaremos melhorando ainda mais a organização”, afirma.

A vovó saudável 

Com 62 anos, Maria Dilma Menezes, conta que começou a correr há nove anos. A vida sedentária e o diagnóstico de colesterol alto foram o bastante para que Maria Dilma procurasse uma atividade física.

“Nestes nove anos já participei de muitas competições. O começo foi difícil porque não fazia nada, mas depois deu tudo certo. Amo correr e já consegui incentivar um irmão que tem 61 anos para também correr. Meu irmão mudou a vida dele, após a corrida. Hoje, ele participa de muitas competições”, fala.

Com dois filhos e três netos, Dilma diz que são muitas as atividades no lar, mas deixa claro que todos podem começar a correr. “Comecei correndo sozinha, mas hoje faço parte da equipe Pé no Chão. Nessa equipe nós temos todas as instruções para correr com saúde. Porque para quem vai começar é importante pessoas que entendam para alertar para o tempo de correr e os exercícios de alongamento”, recomenda.

Maria José superou a perda do marido e diz que a corrida ajudou a superar a dor

Maria José busca patrocínio para a corrida de São Silvestre

Maria Dilma tem um treinamento puxado e lembra que é a meta é não parar de correr. “Treino três vezes por semana. Corro em várias maratonas, todos os anos participo da São Silvestre. Todas as corridas para mim são importantes. Procuro realizar toda a prova e sempre superar o meu tempo”, diz Dilma que incentiva a todos. “O importante é começar a correr. Não existe dificuldade. Tem que começar. Na corrida você conhece muitas pessoas e faz novas amizades”.

Superou a perda do marido

Em 2010, a diarista, Maria José dos Santos enfrentou a perda do marido. Maria e o esposo estavam voltando para casa, quando foram alvos de disparos de arma de fogo. O marido morreu e Maria, mesmo sendo alvejada conseguiu recuperar-se. A dor da perda do esposo e as sequelas do ferimento por pouco não roubaram a alegria da diarista.

“Foi um período muito difícil. Porque o meu marido foi morto por engano. Eu comecei a ficar bem triste, abatida, mas contei com o apoio dos meus patrões que me ajudaram muito. O esporte foi algo muito importante porque eu já gostava de corrida e passei a treinar cada vez mais”.

Como resultado, Maria José, sente orgulho das conquistas. “Hoje eu tenho 450 medalhas e 85 troféus. Não paro de correr. Participo de todas as competições no Estado e fora daqui também”, fala a sergipana nascida em Nossa Senhora de Lourdes.
“Comecei a correr na roça. Assistia a Corrida de São Silvestre e achava tão bonito. Resolvi correr na roça mesmo. Corria sem orientação, mas hoje recomendo para quem vai correr procurar um professor para orientar. Treino com o professor Madureira. Acho importante para evitar qualquer lesão”, diz.

Maria José diz que sua vida saudável já influenciou o patrão. “O meu patrão hoje pratica o esporte. Antes ele não corria, mas comecei a incentivar”, conta.

A diarista que este ano viajará para a São Silvestre diz que já realizou a inscrição, mas aguarda um patrocínio. “A minha inscrição eu já fiz, mas gostaria de um patrocínio para poder participar de outras competições e poder pagar a hospedagem para competir na São Silvestre. Não tenho dinheiro para participar dessas competições, mas trabalho de domingo a domingo e vou guardando um dinheirinho e quando vejo já tenho as passagens. Também conto com a ajuda do meu patrão, seu Paulo, que me apoia muito”, reconhece.

Por Kátia Susanna

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