Campinas, SP, 30 (AFI) – O Guarani manteve-se na briga por uma vaga no quadrangular final do Campeonato Brasileiro Série B, ao vencer o Marília, por 2 a 0, na noite desta sexta-feira no Estádio Brinco de Ouro, em Campinas. O Bugre somou três pontos e subiu para a terceira posição no Grupo B, com três pontos, mesmo número do MAC, que tem saldo pior (-3 contra –2), e caiu para a lanterna. Náutico e Portuguesa têm seis pontos cada.
“Foi uma vitória com muita garra, é isso o que temos que ter no Guarani. Voltamos a lutar pela classificação.”, disse o técnico Luiz Carlos Ferreira.
Reabilitação em casa
O Bugre iniciou bem o jogo, marcando o primeiro gol com quatro minutos, através de Jonas, que fez o seu 11º gol na Série B. Mesmo assim, o jogo seguiu muito disputado e com chances para ambos os lados durante a maior parte do tempo.
O golpe final aconteceu na parte final do segundo tempo, com um golaço do meia Ênio. A vitória recupera o time da derrota para o Náutico, por 4 a 1, na rodada passada, e reascende a expectativa de conseguir a classificação.
O equilíbrio no grupo aumentou ainda mais com a vitória da Portuguesa (2º lugar) sobre o Náutico (1º lugar), em Recife, deixando a diferença entre líder e último colocado de três pontos.
Excelente começo, mas jogo perigoso
O Guarani conseguiu marcar seu gol logo aos 4 minutos, devido ao oportunismo do atacante Jonas depois da falha da defesa do Marília. O lateral-esquerdo Júlio César tentou afastar a bola da entrada da área, chutou em direção ao próprio gol e o goleiro Guto rebateu no pé de Jenas, que tocou rasteiro para marcar.
A distribuição dos times em campo mudou com a abertura do placar. O MAC avançou sua marcação ficava mais com a bola nos pés enquanto o Bugre posicionou-se para dar o bote no contra-ataque. A partida ficou disputada e com boas alternativas ofensivas mas o MAC coordenava melhor as jogadas.
Na velocidade, Edmílson e Jonas criavam bons momentos para finalizar. Na melhor delas, Jonas dentro da área, ele driblou o zagueiro mas bateu a bola por cima da meta.
Duas chances seguidas
O Marília por muito pouco não empatou em dois lances consecutivos. No primeiro, após o bate e rebate na área, a defesa do Guarani conseguiu finalmente abafar o lance. No segundo, Marcelo Rosa entrou na área pela esquerda, sozinho, mas ao invés de chutar, cruzou, e ninguém apareceu para completar. O domínio do time visitante acentuou-se nos quinze minutos finais.
“O jogo está muito perigoso, temos que usar melhor os contra-ataques para marcar mais gols”, disse Jonas ao sair para o intervalo. Para o técnico Wladimir Araújo, faltou garra ao seu time.
“É jogo decisivo, não pode amolecer. Tem que jogar com raça, com mais explosão”, esbravejou.
Ainda na luta
E, o jogo continuou perigoso para o Guarani no segundo tempo mas, em contrapartida, o Marília também continuou errando nas conclusões. Mesmo com uma superioridade ligeira, a equipe visitante perdeu o ímpeto no ataque e atacava com menos velocidade.
Até que, aos 29 minutos, Ênio que estava sendo vaiado pela torcida, recebeu passe na entrada da área, dominou a bola e chutou de pé direito no ângulo direito: um golaço. A vantagem deu tranqüilidade para o Bugre defender-se ainda mais e o Marília entrou em uma fase de desespero. Daí para o apito final, o Guarani apenas segurou para garantir a primeira vitória na segunda fase.
Próxima rodada
Guarani e Marília voltam a enfrentar-se na próxima quarta-feira às 19h30, em Marília, pela quarta rodada, que abre o returno da segunda fase.
Ficha Técnica
Guarani 2 x 0 Marília
Local: Estádio Brinco de Ouro, em Campinas (SP)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Cartões amarelos: Umberto e Rodrigo Sá (Guarani); Marcelo Rosa, Anaílson e Élvis (Marília)
Cartão Vermelho: William (Guarani)
Público pagante: 7.055
Público não-pagante: 1.200
Renda: R$ 29.870,00
Gols: Jonas aos 4/1T, Ênio aos 29’/2T (Guarani);
Guarani
Jean; Nelsinho, César, Umberto (Mariano) e Galego; Marcos Paulo, Rodrigo Sá e Ênio; Jonas (William), Wagner e Edmílson (Márcio Araújo).
Técnico: Luiz Carlos Ferreira
Marília
Guto; Luizinho Neto, Téio, Beto (Róbson) e Júlio César; Fernando, João Marcos, Marcelo Rosa e Anaílson (Élvis); Ricardinho (Roma) e Chico Marcelo.
Técnico: Wladimir Araújo
Artur do Canto – AFI