O jogo era considerado decisivo para saber quem seria o primeiro colocado do grupo, uma vez que as outras equipes, Tunísia e Arábia Saudita, são teoricamente mais fracas.

Entretanto, o futebol desanimador apresentado pela Ucrânia pode mudar essa perspectiva. Totalmente apático, o time chegou poucas vezes ao ataque e sua principal estrela, Andriy Shevchenko, foi apenas uma sombra do jogador que brilhou no Milan.

O jogo, que teve a primeira grande goleada da Copa também marcou a estréia do brasileiro Marcos Senna no meio-campo da Espanha no Mundial. Titular, ele não teve muito trabalho diante da lentidão dos ucranianos.

A Espanha começou o jogo muito solta, tocando bem a bola e com velocidade. O ataque envolveu a defesa adversária várias vezes nos primeiros dez minutos e Xavi teve uma boa chance em chute da entrada da área aos três minutos. A bola foi à direita do gol. A Ucrânia, no entanto, ameaçou com cabeçada de Volodimir Yezerski em seguida.

Mas os espanhóis continuaram com um ritmo muito forte no ataque e chegaram ao gol aos 13 minutos. Marcos Senna assustou o goleiro Olexander Shovkovsky com chute de longe e provocou um escanteio. Na cobrança, Xabi Alonso mergulhou entre os defensores adversários para abrir o placar.

Jogando muito bem, os espanhóis ampliaram a vantagem quatro minutos depois. O atacante David Villa cobrou falta, a bola desviou na barreira e tirou o goleiro ucraniano da jogada.

Em desvantagem no marcador, a Ucrânia passou a atacar mais e equilibrou as ações. Mas a primeira chegada realmente perigosa ocorreu aos 32 minutos. Andriy Voronin passou para Andriy Husin chutar da entrada da área, mas a fraca finalização de esquerda facilitou para o goleiro espanhol Iker Casillas.

O jogo estava fácil para a Espanha, que chegou ao terceiro gol logo aos três minutos da etapa final. Torres avançou sozinho em direção ao gol e sofreu o primeiro pênalti da Copa do Mundo, que resultou na expulsão de Vladislav Vashcuk. Na cobrança, Villa fez o terceiro.

A partida ficou ainda mais fácil para a Espanha, que por pouco não fez o quarto com Villa aos sete minutos. O atacante recebeu passe absolutamente sozinho na frente do goleiro, que defendeu com os pés ajudado pela deficiente finalização do espanhol.

A facilidade era tanta que o técnico espanhol, Luis Aragonés, preferiu dar ritmo a outros jogadores e colocou em campo o atacante Raúl e David Albelda.

A Ucrânia assustou pela primeira vez a Espanha na etapa final aos 16 minutos. Depois de uma confusão na entrada da área, Voronin chutou e quase marcou um golaço. A bola passou muito perto do ângulo direito de Casillas.

Raúl teve uma boa chance de marcar um gol aos 23 minutos. Após levantamento na área, ele subiu sozinho, mas cabeceou em cima do goleiro ucraniano.

Para completar a festa espanhola, o time fez uma bela jogada aos 36 minutos para fechar o placar, Carles Puyol ajeitou de cabeça e Fernando Torres chutou de primeira. Um golaço para ilustrar a superioridade da equipe na partida.

Espanha: 1-Iker Casillas (c); 3-Mariano Pernia, 5-Carles Puyol, 15-Sergio Ramos, 22-Pablo; 11-Luis Garcia (18-Cesc Fàbregas), 14-Xabi Alonso (6-David Albelda), 8-Xavi, 16-Marcos Senna; 9-Fernando Torres, 21-David Villa (7-Raúl).

Ucrânia: 1-Olexander Shovkovsky; 2-Andriy Nesmachny, 6-Andri Rusol, 17-Vladislav Vashchuk, 5-Volodimir Yezerski; 9-Oleg Gusev (16-Andriy Vorobey), 14-Andriy Husin (8-Oleg Shelayev), 4-Anatoly Timoshchyuk, 21-Ruslan Rotan (11-Serhiy Rebrov); 10-Andriy Voronin, 7-Andriy Shevchenko (c).

Árbitro: Massimo Busacca (Suíça)

Fonte: Yahoo Esportes