Júnior e Murilo: do judô ao caratê (Fotos: Igor Matheus/ Portal Infonet) |
O ginásio pode estar praticamente vazio. Mas pelo menos um deles estará lá. Pode até não haver torcida. Mas pelo menos um deles marca presença. O jogo, a competição ou mesmo o treino podem ser quase que secretos. Mas no mínimo um deles estará presente. Disfarçados de torcedores, de técnicos, de espiões, os incansáveis pais de atletas mirins desafiam todas as leis para prestigiar seus filhos em várias modalidades esportivas. E dão a eles o apoio que precisam para vencer.
O publicitário e empresário Júnior Nascimento foi judoca na juventude. Chegou até a competir pelos Jogos da Primavera. Vários anos depois, ele voltou à competição – mas em outras condições. Pai de Murilo Nascimento, de 12 anos, Júnior é agora o maior torcedor de seu filho no torneio de caratê da competição escolar.
“Ele sempre gostou de lutar e já chegou a fazer judô, mas depois entrou no caratê. E acho ótimo, pois as artes marciais estimulam a disciplina e o respeito ao adversário”. Na condição de ex-atleta de judô e agora de pai de carateca, Júnior ressaltou sua satisfação em ver seu rebento bem encaminhado nos esportes.
Fábio: de olho no filhote Matheus… |
“É muito bom ver seu filho em um ambiente de convivência com a competitividade. Porque o nosso dia a dia é assim. Mesmo assim, mostro a ele que ganhar não é tão importante. O importante é continuar seguindo em frente. O trânsito é um bom exemplo. Todos querem passar por todo mundo, e veja como está. Se antes ele queria entrar para ganhar tudo, hoje sossegou”. O publicitário só faz ressalva ao pensar na possibilidade do filho seguir carreira de lutador. “Olha, aí é complicado, porque não quero que ele se machuque. Mesmo assim, a escolha é dele”, diz aos risos.
Organizado e disciplinado
O administrador Fábio Alves Figueiredo também acumula outra profissão: o de torcedor profissional de seu filho Matheus, de 13 anos, no voleibol de quadra. E os benefícios gerados pela prática esportiva apareceram logo para seu filho. “Ele pratica há uns dois anos. E já achei que ele ficou mais organizado com as coisas dele, além de mais disciplinado”.
…, em ação no voleibol dos Jogos da Primavera |
Praticante de basquete na infância, Fábio conta que não tentou influenciar o filho para sua ex-modalidade. “Deixei ele livre para escolher”. O pai de Matheus também não quer se meter muito no caminho do filho caso ele decida, de repente, se profissionalizar nas quadras. “Por enquanto ele se dedica ao esporte pela escola e encara como divertimento. Se ele quiser ir adiante, talvez tenha que sair do estado. Então vamos deixar ele do jeito que está por enquanto…”, brincou. Mas na hora de descrever o que sente a cada vitória de seu pequeno atleta, o pai não pensa duas vezes. “Orgulho, muito orgulho”.
O gerente comercial Humbercy Gondim saiu de Salvador até Aracaju só para que seu filho Marcos Vinícius, de nove anos, pudesse participar da Taça Governo do Estado de Natação. Também pai de Lara Regina, de sete anos – outra pequena nadadora – ,Humbercy conta que a relação da família com a piscina é antiga.
“Também comecei minha vida esportiva na natação. Fiz uns cinco anos e peguei só a base. Depois fui pra outra modalidade”. A modalidade em questão é o jiu-jitsu, no qual Humbercy, hoje, é faixa-preta. Mesmo assim, o baiano mantém os pequenos bem à vontade na piscina.
“Digamos que eles estão continuando na natação de onde eu parei. Mas os deixo fazerem suas escolhas”. Para Humbercy, o importante é ver as crianças envolvidas com o esporte. “Faz bem para a saúde, para a cabeça e deixa a criança preparada para o ambiente de competição que ela terá que enfrentar”, reforçou. Diante das quatro medalhas que Marcos Vinícius já obteve em sua pequena carreira, o pai não se segura. “É uma realização enorme”.
Por Igor Matheus
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