“Esperamos que haja um processo de superação”, diz novo presidente do Sergipe

Ary Resende assume presidência interina do Club Sportivo Sergipe

Torcedores e conselheiros insatisfeitos começaram a ‘pedir a cabeça’ da presidência, representada por Antônio Soares da Mota, o Motinha, e por José Ramon Barbosa Melo, sobre quem recaíram acusações de irregularidades na administração. A situação amplamente divulgada na imprensa, como o atraso nos salários dos jogadores, foi parar no Judiciário, que decidiu intervir na situação: Motinha e Ramon estão afastados da direção do clube por 90 dias.

No lugar deles, a juíza Ana Lúcia Freire dos Anjos determinou que ocupassem a vaga o presidente e

Portal Infonet – Como o Conselho Deliberativo do Clube Sport Sergipe recebeu a notícia do afastamento da presidência?
Ary Resende – Tomamos de surpresa essa decisão e estamos aguardando a citação oficial. Eu ainda não fui citado oficialmente. Mas aguardamos isso para que possamos emitir a informação sobre os procedimentos a serem adotados. Essa oficialização não depende só de nós, mas da Vara Cível. Até aqui, posso dizer apenas que continuo como presidente do Conselho e que estamos acompanhando esse momento delicado por que passa o Sergipe. Só temos a lamentar a situação, porque somos um clube de trajetória vitoriosa, de tradição.

Infonet – No caso da notificação oficial, vai haver alguma mudança na equipe técnica? O que o torcedor pode esperar nesse sentido? Podem vir novas contratações?
AR – O primeiro plano é buscar novos nomes para preencher os departamentos contábil, administrativo e o de futebol. A Justiça já determinou, inclusive, o nome de um perito para acompanhar a auditoria, que no caso é o Pedro Victório Daud. Há uma série de necessidades prementes listadas pela juíza. Nós só aguardamos a oficialização para trazer esses nomes e dar prosseguimento aos 90 dias que temos. O torcedor, nosso bem maior, não será esquecido. Esperamos que haja um processo de superação.

Infonet – Dentro das acusações contra a presidência do clube, o que foi o estopim para que a questão fosse levada à Justiça?
AR – Não posso falar sobre isso porque seria uma pergunta voltada ao grupo de conselheiros. Fui pego de surpresa. Talvez aqueles que levaram o caso adiante possam falar.

Infonet – Mas houve uma mobilização grande envolvendo torcedores e conselheiros. Que análise faz dessa união de forças?
AR – São atitudes pessoais que chegaram a essa conclusão. Eu não sei qualificar de que maneira foi, se positiva ou negativa.

Infonet – O senhor acredita que o prazo será suficiente para ‘arrumar a casa’?
AR – Precisamos saber das nossas atribuições desses 90 dias. Somente após nos inteirarmos sobre o processo, o que devemos fazer é que será possível responder. Antes, não sei dizer.