Ex-ginasta, Luisa Parente vê Brasil mais bem preparado

Luisa Parente – com o troféu – e técnicos do Flamengo (foto: Igor Matheus/ Portal Infonet)

Ela foi uma das primeiras ginastas brasileiras a se destacar mundialmente. Foi a principal representante brasileira da modalidade nas olimpíadas de 1988 e 1992. Comentarista de competições internacionais, se emocionou em rede nacional diante do outro inédito do ginasta Arthur Zanetti em 2012. E é com a vasta experiência adquirida dentro e fora dos aparelhos que a carioca Luisa Parente veio a Aracaju como dirigente do Flamengo, campeão por equipes da ginástica artística feminina no Circuito Caixa realizado no Ginásio Constâncio Vieira.

Realizada com o resultado, a ex-ginasta conversou com o Portal Infonet sobre o futuro da ginástica no Brasil. E mostrou otimismo com o que o país pode apresentar nas olimpíadas de 2016 – mesmo com ressalvas. “Pelo estágio de resultados que estamos agora, diria que estamos sim melhores que em 2012. Mas a quantidade de ginastas ainda é muito pequena. Então a estratégia é preservar muito bem as meninas, ter acompanhamento multidisciplinar”, disse.

A raridade de atletas, porém, não evita que a Luisa sinta que o impacto que a ginástica brasileira sofrerá no pós-2016 será maior do que o que houve depois de 2012.  “Antes o acesso dos treinadores a conhecimento era mais restrito. O foco era muito forte em cima da seleção brasileira, e os clubes ficavam isolados. Já hoje qualquer um pode ter acesso aos treinos, o conhecimento é mais aberto e o acesso à federação é livre. Esse vai ser o maior legado da época que estamos vivendo agora”.

Luisa também comentou sobre a atual fase de seu clube, o Flamengo, e comemorou a entrada de Jade Barbosa na equipe de ginástica. “A soma de Jade deu um novo gás para a equipe. Ela é nossa ginasta líder e teve um papel muito importante no resultado. Tudo isso mais a união dos treinadores e o apoio da confederação fizeram com que a evolução acontecesse dia após dia”.

Por Igor Matheus