Georgette Vidor fala sobre drama da ginasta Laís Souza

Georgette Vidor (foto: Igor Matheus/ Portal Infonet)

Em maio de 1997, a vida da carioca Georgette Vidor, então técnica do time de ginástica do Flamengo, se dividiu em duas. No meio de uma viagem para uma competição, o ônibus em que ela estava com toda a equipe se chocou com uma carreta na Via Dutra, em São Paulo.

O acidente matou sete pessoas, feriu outras 14, afastou das competições grandes promessas da ginástica brasileira e deixou Georgette paraplégica.

Quase 17 anos depois, a treinadora chefia a equipe feminina da Seleção Brasileira de Ginástica. E em conversa com o Portal Infonet durante sua passagem pelo Pan-Americano de Ginástica Artística em Aracaju, resgatou o passado para refletir sobre mais uma tragédia da ginástica nacional: o acidente da atleta Laís Souza, 25 anos, em uma pista de esqui em Salt Lake City, Estados Unidos, no último mês de janeiro.

Para Georgette, a juventude de Laís chega a ser um fator negativo e positivo ao mesmo tempo diante da situação. “Por um lado, o drama de Laís chega a ser pior do que o meu, pois ela se acidentou muito jovem. Quando me acidentei, eu tinha 39 anos, e com mais idade, você já passou por muita coisa e tem mais força pra superar. Ao mesmo tempo, justamente por ser nova, ela terá muito mais tempo para que o corpo possa reagir”.

Laís Souza (foto: Divulgação)

Georgette também se mostrou surpresa com a rápida recuperação de Laís até agora.  “Ela conseguiu muitas vitórias em pouco tempo. Só ter tirado o respirador foi uma grande vitória. Tambem há notícias de que ela já voltou a ter alguma sensibilidade, o que demonstra que a medula já está desinchando. São demonstrações importantes de resposta”. Ainda para a chefe de equipe da seleção, Laís boa parte da reação de Laís vem de seu preparo físico.

“Por ser atleta, ela tem uma musculatura mais forte, e isso deve ter protegido mais a região cervical. E mesmo que isso não tenha acontecido, há muitas pesquisas sobre o assunto e ela tem muito tempo para dar respostas boas”. Vista como exemplo por ginastas e esportistas em geral, Georgette ressalta que dramas como o de Laís Souza exigem muita perseverança.

“Não é fácil para ninguém passar por isso. Por alguma razão que ninguém consegue explicar, essas coisas acontecem. Mas não nos resta muita coisa além de termos coragem e enfrentarmos nosso destino”.

Por Igor Matheus

Portal Infonet no WhatsApp
Receba no celular notícias de Sergipe
Acesse o link abaixo, ou escanei o QRCODE, para ter acesso a variados conteúdos.
https://whatsapp.com/channel/
0029Va6S7EtDJ6H43
FcFzQ0B

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais