A série “Heróis da Resistência” termina suas publicações hoje conhecendo um pouco da realidade do Clube Sergipano de Longboard (CSL). Numa realidade onde o esporte não é tão apoiado pelas forças públicas e privadas um Clube pode ser a saída para a organização dos atletas.
Desde 2005 é discutida a criação de um clube organizado de surfistas no meio do surf local, com os objetivos de promover campeonatos e incentivar o esporte. Toninho Costa, junto com Julio Eduardo, Henrique ‘Rolopio’ , Sidney Broto e Isaac Schuster começaram a idealizar o clube. Atualmente outra direção assume o projeto, sendo encabeçada por Rafael França, Beto Gringo e Michel Messenger. Logomarca do Clube Sergipano de Longboard
O Clube Sergipano de Longboard (CSL) foi oficialmente fundado em 28 de fevereiro desse ano, quando a primeira ata foi assinada pelos seis componentes da direção. “O objetivo principal do Clube é levantar o esporte e ter apoio para produção de campeonatos”, diz Rafael França, presidente do CSL. Nomes de peso integram a lista de participantes do grupo.
Recentemente no Campeonato Baiano de LongBoard os sergipanos conseguiram resultados expressivos. Rafael ficou com o título de campeão da categoria máster, Michel Messenger ficou com o terceiro lugar da mesma categoria, e Robson Fraga foi vice na categoria clássico. “Aqui tem muita gente surfando de long, e muitos competidores bons”, comenta Rafael. Beto Gringo, Michel Messenger e Rafael França, membros da diretoria do CSL
“Aracaju não tem muita onda boa, mas é uma pista legal para treinamento” completa Beto Gringo, vice-presidente do CSL. Para ter base de montagem e funcionamento do clube, Rafael está buscando manter contato com outras associações no Brasil. No dia 29 de março ele conseguiu reunir 70 atletas do país numa conversa virtual para discutir os rumos das federações e associações de longboard.
Campeonatos e projetos
No âmbito estadual, a idéia é promover campeonatos com as categorias que se assemelhem às do campeonato baiano. “É o mais próximo da nossa realidade, e o que a gente tem mais contato”, diz Michel Messenger. Lá as categorias são Iniciante – sem limites de idade; Máster de 20 a 29 anos; Legend – de 30 anos para cima; Open – aberta de idade, na qual estão os atletas mais fortes, além da categoria Feminina. Rafael França (Foto:divulgação)
“Queremos fazer um campeonato que premie bem, que dê valor aos atletas e atraia também os surfistas de fora. A nossa idéia é montar o projeto do circuito sergipano e tentar conseguir patrocinadores para os custos”, diz Rafael. Os gastos de um campeonato são, em geral, com estruturas de palanque, som, hospedagem e alimentação dos juízes.
O CSL, que não tem fins lucrativos, está procurando apoiadores e patrocinadores para realizar seus projetos. Um deles é um sistema de ação social com aulas de surf gratuitas para jovens de comunidades carentes. “É um compromisso que nós temos com a sociedade e estamos estudando a melhor forma de fazer isso”, diz Beto. Michel Messenger (Foto:divulgação)
Os apoios estatal e privado são fatores que poderiam fazer a diferença para o crescimento do esporte no Estado, segundo os surfistas. “Sabemos que nós só vamos conseguir mostrar resultados dentro de um ano, mas queremos fazer pelo menos um campeonato em 2007”, diz Rafael.
Beto Gringo (Foto:divulgação)
Enquanto isso, os atletas continuam treinando para os próximos campeonatos. O mais próximo será no fim deste mês, em Salvador, e os surfistas sergipanos já estão se articulando para tentar mais títulos na terra baiana. “Estamos unidos, sempre treinando juntos, um vendo o outro surfar para corrigir os erros”, comenta Michel.
Quem quiser entrar em contato com o CSL pode enviar e-mail para o clube ou ligar para (0xx79) 9988-1830 (Rafael França) / 8813-5438 (Beto Gringo).
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